Mercadante defende punição contra banco que não usar compusório

Senador petista e presidente da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, ele também propôs um pacto entre governo e oposição no Congresso para se enfrentar a crise financeira internacional

O presidente da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, Aloizio Mercadante (PT-SP), defendeu hoje que os bancos que não utilizarem os recursos de depósitos compulsórios liberados pelo Banco Central em operações de crédito ou de empréstimo entre bancos sofram uma penalização. Segundo ele, essa punição seria feita deixando de se remunerar nas operações de recompra de um dia (overnight) o montante equivalente ao compulsório liberado.

Mercadante explicou que os bancos têm, ao invés de emprestar os recursos liberados do compulsório, represado esse dinheiro nas operações de um dia com o próprio BC que são remuneradas à taxa básica de juros, a Selic, atualmente em 13,75% ao ano. O senador lembrou que, quando esses recursos estavam presos no compulsório, os bancos não tinham remuneração.

Segundo Mercadante, se essa medida for implementada, parte do problema de escassez de liquidez será resolvido, já que os bancos terão de fazer circular os recursos. O senador evitou dizer, entretanto, se a medida está sendo estudada pela equipe econômica.

Ele também propôs um pacto entre governo e oposição no Congresso para se enfrentar a crise financeira internacional. Segundo Mercadante, o governo se comprometeria a não editar Medidas Provisórias (MPs) que não precisem entrar em vigor imediatamente e a oposição, em contrapartida, não obstruiria a votação das MPs editadas especificamente para o enfrentamento da crise.

Do G1