Mercado automobilístico ruma para consolidar recuperação
O estudo destaca que até motos e caminhões, que ainda estão longe dos resultados obtidos no ano passado, vem recuperando a média mensal de vendas
Mais do que ter registrado o segundo melhor mês do ano em vendas de veículos, com 285,4 mil unidades, o mercado automobilistico conseguiu alcançar no mês passado tendência de alta em todos os segmentos: carros, comerciais leves, caminhões, e motocicletas.
A conclusão é da Federação Nacional dos Distribuidores de Veículos Automotores (Fenabrave) ao comparar os resultados de julho com as evoluções médias registradas na primeira metade do ano e no primeiro trimestre.
No segmento de automóveis, a média mensal do 1º trimestre ficou em 175,9 mil unidades; no semestre chegou a 191,8 mil; em julho, atingiu 226,8 mil. Houve crescimento de 9% na media do 1º trimestre para o semestre e de 18,3% entre julho e a média do semestre.
“Mais do que as vendas cheias em julho, a média mensal é o dado mais revelador por indicar como o mercado vai se comportar na segunda metade do ano”, afirmou o presidente do conselho da Fenabrave, Sérgio Reze.
O estudo destaca que até motos e caminhões, que ainda estão longe dos resultados obtidos no ano passado, vem recuperando a média mensal de vendas.
O crescimento alcançou 6,9%, no segmento de caminhões, entre as médias do 1º trimestre (7,1 mil unidades) e do semestre (7,6 mil unidades). Entre julho (9,6 mil unidades) e a média semestral, a evolução nesse segmento foi de 26,3%.
Nos negócios com motocicletas houve elevação de 3,5% entre as médias do 1º trimestre (123,3 mil unidades) e do semestre (127,6 mil unidades). Na comparação de julho (143,7 mil unidades) com a média semestral, o salto foi de 12,6%.
Em comerciais leves, a evolução atingiu 6,4% do 1º trimestre (38 mil unidades na média) para o semestre (40,4 mil unidades na média) e 15,6% de julho (46,8 mil unidades) em relação à média semestral.
Para Sérgio Reze, os números não são surpresa para os revendedores de carro, que já vinham “sentindo” o aquecimento. Para ele, ‘dificilmente o mercado voltará a cair”, mas considera ainda não ter elementos para afirmar que a crise acabou.
“Ainda temos problemas em setores que dependem muito das exportações, como as mineradoras. O mais correto seria afirmar que estamos saindo deste quadro de crise com consistência”, disse.
Do Diário do Grande ABC