Mercedes-Benz: Resistência contra 6.000 demissões
Trabalhadores nas 14 plantas da Mercedes-Benz na Alemanha continuam amanhã uma série de manifestações em protesto contra a ameaça de 6.000 demissões.
A resistência contra o desemprego não descarta a paralisação por tempo indeterminado. A justificativa dos patrões para as demissões é a redução de custos.
Além dos cortes, a montadora ameaça transferir toda a produção da fábrica de Sindelfingen, onde trabalham 41 mil pessoas, para Bremen, no norte da Alemanha, e para a África do Sul.
A mudança aconteceria porque os acordos coletivos nesses dois lugares são inferiores aos de Sindelfingen. A mesma desculpa que patrões usam no Brasil.
O ataque dos patrões contra os direitos dos trabalhadores na Alemanha, porém, não se limita à Mercedes-Benz. No mês passado, a General Motors anunciou que sua filial alemã, a Opel, vai aumentar a produção da nova linha na Polônia, onde os salários são menores.
Do mesmo modo, a maior empresa de engenharia do país, a Siemens, recentemente subiu de 35 para 40 o número de horas trabalhadas por semana. Os companheiros aceitaram depois que a empresa ameaçou transferir parte de sua produção para a Hungria e fechar 2.000 postos.