Mercedes-Benz: Trabalhadores cobram transparência da direção mundial

Os comitês europeu e mundial dos trabalhadores na Daimler Chrysler cobraram garantia de emprego da direção mundial na venda das fábricas que o grupo tem nos Estados Unidos e Canadá ocorrida ontem.

O encontro, realizado na semana passada em Stuttgart, na Alemanha, os trabalhadores mostraram preocupação de que a venda possa afetar os empregos nas fábricas do grupo que oferecem peças para as unidades na América do Norte.

A direção mundial assumiu compromisso de consultar o Comitê Mundial antes de tomar qualquer decisão.

Participam do acordo os funcionários brasileiros que trabalham no fornecimento de câmbio e nas áreas de almoxarifado de peças, vendas e pós-venda, que estão direta ou indiretamente envolvidos com as fábricas dos Estados Unidos e Canadá.

Pelo Brasil, participaram do encontro Valter Sanches, representante brasileiro no Comitê Mundial, e Aroaldo da Silva, que está assumindo esse cargo. Os dois são da unidade da Mercedes-Benz em São Bernardo.

Junto à direção mundial, eles se mostraram preocupados com o futuro da área de produção de motores pesados fabricados no Brasil e que a partir de 2010 passará a ter as tarefas realizadas somente nos Estados Unidos e Alemanha.

“Queremos que a empresa apresente uma solução para não demitir os trabalhadores brasileiros”, comentou Aroaldo.

Ele disse que, mesmo com esse risco, a multinacional vai investir cerca de R$ 650 milhões na melhoria e crescimento das fábricas no Brasil.

“Também cobramos desenvolvimento de combustíveis renováveis, como o etanol e biodiesel, para a empresa não perder mercado num futuro próximo”, concluiu.