Mercedes fecha maior contrato do ano para exportação de ônibus

A montadora de veículos pesados irá fornecer 1.045 ônibus para o Chile, mas não divulgou o valor da transação. Para o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo, Sérgio Nobre, o contrato é passo importante para a empresa

A Mercedes-Benz, empresa alemã com unidade em São Bernardo, obteve a maior encomenda de ônibus na América do Sul em 2009. A montadora de veículos pesados irá fornecer 1.045 ônibus para o Chile, mas não divulgou o valor da transação.

Os veículos, que começam a ser entregues ainda neste mês, destinam-se ao sistema de transporte público em Santiago, capital daquele país. Cerca de 3.800 dos 6.400 ônibus utilizados atualmente na cidade chilena são da Mercedes, representando participação de cerca de 60% no mercado.

Todos os veículos serão produzidos na unidade da região, porém, segundo Jackson Schneider, vice-presidente da companhia, não estão previstas novas contratações. “Nos últimos meses, 1.300 trabalhadores foram recrutados. Com esse pessoal, já temos condição de produzir os ônibus”, afirma o executivo.

Para o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo, Sérgio Nobre, o contrato é passo importante para a empresa. “Significa retomada e mesmo que não haja contratações, os trabalhadores da Mercedes só têm a ganhar com isso.”

Segundo Mário Laffitte, diretor de comunicação corporativa da montadora, a encomenda é significativa. “De janeiro a setembro deste ano, a Mercedes exportou 4.100 ônibus. Porém, não podemos dizer que este contrato com o Chile representa cerca de um-terço do total do ano, pois os ônibus vão ser entregues até o primeiro semestre de 2010 e os dados anuais ficariam misturados.”

Os chassis de ônibus produzidos pela Mercedes-Benz são exportados para cerca de 50 países, tanto da América Latina, quanto de outros continentes. Ao longo dos 48 anos de atuação no mercado internacional, a montadora chegou a atender mais de 90 países. “Nossa expectativa é que as exportações sejam melhores em 2010, uma vez que os mercados externos estão voltando a se reerguer”, diz Laffitte.

Do Diário do Grande ABC