Mesmo com indicadores positivos desempenho da indústria de caminhões é ruim
A indústria de caminhões não consegue avançar em 2025, mesmo com a previsão de crescimento da economia, da safra do agronegócio em bom volume e de demanda reprimida por veículos pesados. Contra o setor pesam o crescimento da inadimplência dos produtores rurais e a elevada taxa de juros, que foi mantida em 15% e tem impactado os financiamentos de veículos.
A produção de caminhões de janeiro a setembro somou 98,6 mil unidades, queda de 3,9% na comparação com iguais meses do ano passado, quando a indústria nacional já tinha ultrapassado as 100 mil unidades. A queda só não foi maior até agora pelo bom desempenho das exportações.
Em setembro foram produzidos 10,1 mil caminhões, queda de 23,5% com relação a idêntico período do ano passado e estabilidade com relação a agosto. As vendas até setembro retratam um pouco melhor o cenário, com queda de 7,7% na comparação com iguais meses do ano passado, somando 84,1 mil unidades.
Em setembro as vendas somaram 9,8 mil unidades, recuo de 14,5% sobre idêntico mês de 2024 e crescimento de 9,9% com relação a agosto. As exportações são o grande ponto positivo do segmento em 2025, com 21,6 mil caminhões até setembro, expansão de 84,7% sobre iguais meses do ano passado. Em setembro os embarques somaram 2,7 mil unidades, crescimento de 56,2% na comparação com idêntico mês de 2024 e queda de 3,5% com relação a agosto.
Da AutoData