Mesmo sob protesto das senadoras, reforma Trabalhista é aprovada
Foto: Lula Marques
Com 50 votos favoráveis, 26 votos contrários e uma abstenção, a reforma Trabalhista foi aprovada ontem no Plenário do Senado. A sessão foi reaberta após mais de seis horas de suspensão, por conta da ocupação promovida por parte das senadoras.
A votação foi realizada enquanto os Metalúrgicos do ABC estavam em assembleia de Campanha Salarial na Sede.
“Esta categoria vai resistir à reforma e transformar o que discutimos aqui em opiniões e sugestões dentro da fábrica. Sabemos negociar e vamos pra cima contra qualquer retirada de direito dos trabalhadores”, afirmou o presidente eleito do Sindicato, Wagner Santana, o Wagnão.
“Um reforma como essa foi aprovada na Espanha há 10 anos e lá hoje 40% dos jovens estão desempregados”, lembrou.
Resistência
Indignadas com os retrocessos propostos pela reforma, as senadoras Fátima Bezerra, PT-RN, Vanessa Grazziotin, PCdoB-AM, Gleisi Hoffmann, PT-PR, e Regina Sousa, PT-PI, apoiadas por Kátia Abreu, PMDB-TO, ocuparam a mesa do Plenário durante a sessão de votação da reforma e se recusaram a dar lugar ao presidente do Senado, Eunício Oliveira, do PMDB-CE.
Irritado, Eunício que havia chegado à Casa com uma hora de atraso, encerrou a sessão, cortou a luz do Plenário e arrancou o microfone de lapela da senadora Fátima Bezerra que presidia a sessão.
Com o apoio de outros senadores, elas mantiveram a ocupação e almoçaram na mesa. Até o fechamento desta edição, os senadores continuavam votando os destaques.
Da Redação.