Metalúrgicas se preparam para a Marcha de Mulheres

Sindicalistas de vários países estiveram no encontro

No último domin­go, as Metalúrgicas do ABC participaram do 1º Encontro Internacional de Sindicalistas da Marcha Mundial de Mulheres.

Promovido pela CUT, a reunião discu­tiu a participação do movimento sindical no movimento feminista e as contribuições do feminismo para a cons­trução da pauta da clas­se trabalhadora.

“Fizemos uma re­flexão sobre as con­dições de trabalho e de vida das mulheres afetadas pela crise in­ternacional na Europa e nos Estados Unidos”, contou a diretora exe­cutiva do Sindicato e coordenadora da Co­missão de Metalúrgicas do ABC, Ana Nice Mar­tins de Carvalho.

Para a dirigente, há um retrocesso nos direitos conquistados pelos trabalhadores naquelas regiões do mundo e isso tem im­pacto em países que, apesar de não estarem em crise, sofrem as consequências.

“O Projeto de Lei, PL 4.330 que precariza as relações de trabalho é um exemplo destes efeitos”, lembrou.

“Para as mulhe­res que já estão em situação precária por ganhar menos que os homens e não ter as mesmas oportunida­des de ascensão no trabalho, esse projeto é ainda mais danoso”, destacou Ana Nice.

No encontro, a união entre as sindica­listas e os grupos femi­nistas esteve entre os temas debatidos pelas companheiras.

Igualdade

“A ampliação da participação das mu­lheres começa pelos Sindicatos, na busca da igualdade”, afirmou a diretora. “Essa união é essencial para a trans­formação da socieda­de”, concluiu.

Propostas da categoria

As Metalúrgicas do ABC fizeram du­as propostas para a Marcha Mundial das Mulheres.

Uma contra o pro­jeto de Estatuto do Nascituro, que prevê uma bolsa para a mulher que for estupra­da e obriga a mulher a conviver com seu agressor. Outra pro­posta defende a licença maternidade de 180 dias para todas as tra­balhadoras brasileiras.

O 9º Encontro In­ternacional da Marcha Mundial das Mulheres acontece durante toda a semana até dia 31, no Memorial da América Latina, em São Paulo, e é preparatório para a Marcha Mundial, que será em 2015.

 

Da Redação