Metalúrgico do ABC destaca cenários das plantas sul-americanas em reunião do Comitê Mundial dos Trabalhadores na Volks

Welington Messias Damasceno apresentou dados macroeconômicos de Brasil e Argentina e destacou a relevância dos acordos firmados nas plantas brasileiras

Na última semana, o diretor administrativo do Sindicato, Wellington Messias Damasceno, esteve na Alemanha para participar da reunião da Executiva do Comitê Mundial dos Trabalhadores na Volkswagen. Membro do Comitê, Wellington representou a América do Sul e participou de debates ao lado de dirigentes das demais marcas e regiões que compõem o grupo.

No encontro, a executiva da montadora apresentou análise de conjuntura global, projeções de vendas e estratégias de marketing, bem como a alocação de volumes e a capacidade de produção nas diversas plantas. Também houve apresentação de relatórios elaborados pelas delegações, tanto por marca quanto por região.

Durante sua intervenção, Wellington mostrou dados macroeconômicos do Brasil e da Argentina, além de um panorama do setor automotivo na região. “Falei sobre as projeções de vendas, a situação dos semicondutores, a entrada dos competidores chineses, além dos volumes e da produção decorrentes dos nossos acordos. Também citei a decisão estratégica da empresa de, a partir de 2026, todo veículo produzido no Brasil ter uma versão eletrificada. E comuniquei sobre os acordos que foram referendados e validados em todas as unidades do país”, completou.

Wellington ressaltou que o Brasil tem recebido sinais positivos da matriz. “A nossa região tem crescido de forma consistente, principalmente por conta das políticas industriais e setoriais promovidas pelo governo Lula. Nosso Sindicato tem atuado para incorporar as pautas da classe trabalhadora: manutenção do nível de emprego, qualificação profissional e a transição justa”.

Demais agendas

O dirigente também participou da assembleia de fábrica, atividade que reúne milhares de trabalhadores; teve conversas com o secretariado do Comitê Mundial e esteve no arquivo que reúne o material histórico da Volks onde entregou o livro ‘Ditadura, a cumplicidade da Volkswagen e a resistência dos trabalhadores’, produzido pela Associação Heinrich Plagge.

Uma Hora para o Futuro

Wellington reforçou ainda a importância do projeto Uma Hora para o Futuro e as transformações sociais que estes causam nas comunidades em que atuam através da doação dos trabalhadores e trabalhadoras na montadora.

80 anos da codeterminação

A agenda contou com uma solenidade de celebração aos 80 anos da codeterminação na montadora que trata dos direitos de participação dos trabalhadores na gestão da empresa. Na ocasião, a presidenta do Comitê Internacional de Auschwitz, Eva Anlauff, sobrevivente do campo de concentração, frisou a importância da democracia no ambiente de trabalho, da negociação coletiva e da relevância do fortalecimento dos sindicatos, inclusive, para superar pautas e ataques da extrema direita.