Metalúrgico do ABC participa de intercâmbio no Japão sobre Formação Sindical e Negociação Coletiva
Atividade da Fundação Internacional do Trabalho japonesa reuniu sindicalistas da América do Sul e Central, Ásia e África

O metalúrgico do ABC Lucas Costa Cavalcante, coordenador de área em São Bernardo, representou a categoria em um intercâmbio internacional no Japão, realizado entre os dias 28 de setembro e 10 de outubro, promovido pela JILAF (Japan International Labour Foundation) — Fundação Internacional do Trabalho do Japão.
O programa de Formação Sindical e Negociação Coletiva reuniu dirigentes sindicais da CUT, UGT e Força Sindical, além de representantes de diversos países da América do Sul e Central, Ásia e África. As atividades ocorreram principalmente na Província de Shiga, e tiveram como foco o conhecimento das relações de trabalho no Japão e o funcionamento do movimento sindical japonês.
Os participantes visitaram a Confederação Sindical Japonesa, o Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar, a Federação Japonesa de Transporte (Unyon Roren) e uma fábrica do setor. O grupo também conheceu o Memorial e Museu da Paz, em Nagasaki, e se reuniu com o governador da Província de Shiga, Taizo Mikazuki, além de visitar a Techno College Kasatsu – Faculdade Pública de Tecnologia da Província de Shiga.
Para Lucas, a experiência foi um importante investimento na formação sindical e na troca de conhecimentos entre trabalhadores de diferentes países.
“Esse intercâmbio é muito importante para o dirigente sindical se capacitar e aprimorar o conhecimento. Não é um custo, é um investimento que as entidades fazem. É fundamental conhecer outras realidades de trabalho para aprimorar nossa atuação aqui no Brasil, onde ainda enfrentamos muitas dificuldades nas relações com as empresas”, afirmou.

O dirigente destacou a importância do diálogo e da mediação nas relações entre capital e trabalho, em vez do conflito, e ressaltou o avanço tecnológico e organizacional do Japão.
“Acredito que o intercâmbio ajudou muito a aprimorar o conhecimento e reforçou o quanto é importante a conciliação. O Japão é um país muito evoluído tecnologicamente, enquanto os países da América Latina ainda enfrentam grandes desafios nessa área. Precisamos discutir mais sobre tecnologia e inteligência artificial, que já fazem parte do cotidiano dos trabalhadores asiáticos”, observou.
O intercâmbio, segundo ele, reforçou a importância de o movimento sindical brasileiro continuar buscando formação, diálogo internacional e adaptação às novas realidades do trabalho.