Metalúrgico está mais escolarizado
O metalúrgico paulista estuda mais. Esta é uma das conclusões de pesquisa do Dieese e da Federação Estadual dos Metalúrgicos da CUT (FEM-CUT).
“Analisamos que 55% dos trabalhadores possuem o segundo grau completo (ou escolaridade superior), representando uma melhora frente aos números de 2002, quando 44% dos trabalhadores possuíam apenas o segundo grau completo”, explica Adriana Marcolino, pesquisadora do Dieese.
Outro destaque na pesquisa é que melhores salários e mais direitos sociais estão atraindo jovens para a categoria metalúrgica no Estado. Segundo ela, o crescimento de jovens (cerca de 20% têm até 24 anos) está associado aos salários médios de R$ 2.028,00, superior à média de outros setores, e aos bons acordos coletivos (que têm uma ampla gama de benefícios sociais). “Sem dúvida, as profissões na área metalúrgica despertam o interesse dos jovens, que querem investir na sua formação”, frisa a pesquisadora Adriana.
Entretanto, ela explica que a melhora não é generalizada. Segundo o estudo, 44,2% dos metalúrgicos ainda não possuem nível de escolaridade necessário.
Outro dado que chama a atenção é sobre o perfil geral da categoria, essencialmente masculino. As mulheres ocupam apenas 15,3% das vagas e recebem cerca de 30% menos do que os homens. A média salarial dos homens é de R$ 2.125,39 e a das mulheres foi calculada em R$ 1.488,28.
O Estado de São Paulo emprega cerca 815,3 mil trabalhadores metalúrgicos.