Metalúrgico na Lawes rumo à cooperativa

Trabalhadores já realizaram encontro com a Unisol Brasil para saber como passar de uma relação de empregados para uma relação de donos do empreendimento.

Avança a possibilidade da Lawes virar cooperativa

A constituição de uma cooperativa de produção passou a ser a principal alternativa que os companheiros na Lawes encontraram em seu esforço para reerguer a empresa.
“Mesmo com incertezas e preocupações, o pessoal está animado com a possibilidade”, comenta Gilberto Meneguetti Arcardi, o Giba, contador na empresa.
Desde que o patrão abandonou a fábrica, há um ano, os 21 companheiros se empenham em retomar à normalidade. A retomada da produção é uma questão de sobrevivência para eles.
“A maioria de nós tem mais de 40 anos”, lembra Giba. “Por outro lado, temos uma base formada, muita experiência profissional e um produto de qualidade”, afirma.
Eles produzem máquinas e equipamentos para todo o processo de produção de comprimidos.
Formação
Na última segunda-feira, o pessoal na Lawes realizou seu primeiro encontro de capacitação em cooperativismo.
Patrocinado pela Unisol Brasil, entidade de representação das cooperativas apoiadas pelo Sindicato, a reunião teve a finalidade de mostrar aos trabalhadores como ocorre a transição de uma relação de trabalho na qual são empregados para um modelo no qual serão os donos do negócio.

Apoios são fundamentais

Arcadi reconhece que o apoio da categoria, do Sindicato e da Unisol são fundamentais nessa empreitada. Na última terça-feira, por exemplo, eles receberam 60 cestas básicas entregues pelos cooperados na Uniforja, de Diadema.
“O começo é sempre assim”, enfatiza Arilson Mota, presidente da Unisol e cooperado na Uniforja.
“Enfrentamos essas dificuldades com outras cooperativas e foi do mesmo jeito”, comenta, lembrando ter superado as mesmas adversidades quando a Conforja quebrou e os trabalhadores decidiram partir pelo mesmo caminho da Lawes e fundaram a Uniforja.