Metalúrgicos bronqueados!

Grob - Assédio é generalizado
Arteb - Constrangimento não tem fim
Fibam - Más condições fazem nova vítima

Grob: Representação e trabalhadores sofrem assédio

Diretoria, gerência e
chefia na Grob, de São Bernardo,
não conseguem se relacionar
com os trabalhadores
e com a representação sindical.
Desta forma, recorrem
ao assédio moral como forma
de comando. Os exemplos
são muitos.

Os cipeiros são sempre
advertidos. A Grob não admite
que o membro da CIPA
atue e deixe o local de trabalho
para cumprir o papel para
o qual foi eleito.

Exige que o companheiro
fique o tempo todo no
posto. Alguns chefes mandam
trabalhadores marcar o
tempo que o cipeiro se afasta
e depois o ameaça de descontar
esse tempo.

Os encarregados dizem
que os cipeiros querem tempo
livre para ficar à toa.

Recentemente, os quatro
cipeiros eleitos pelos trabalhadores
foram colocados
numa sala, trancados com a
diretoria, gerência e encarregados,
onde sofreram todo
tipo de intimidação.

A empresa não atende
nenhuma reivindicação, exatamente para mostrar que a
CIPA não atua.

Outro tipo de assédio
é aquele no qual
a gerência aborda o
cipeiro para o elogiar.
Diz que ele é
mais competente que
o encarregado e promete
uma promoção
e crescimento profissional
desde que abandone
a CIPA.

Falta humanidade – Um companheiro
passou mal durante a
noite e teve de ir para o
hospital. A fábrica não
tem enfermaria ou ambulância
nesse horário.

Um outro colega se dispôs
a levá-lo ao hospital e a
fábrica cometeu o absurdo
de descontar de seu salário o
tempo de ausência.

Esse descaso cria um clima
de revolta entre a companheirada.
Houve pressão
dos trabalhadores para que a
representação levasse o problema
à gerência. Esta limitou-
se a dizer que o “Sindicato
só que tumultuar”.

PLR é problema todo ano

Na próxima quarta-feira
o Sindicato e a Grob voltam
a negociar PLR. A pauta está
com a fábrica desde o início
do ano, mas ela só enrola
apostando que os trabalhadores
esqueçam o seu direito.

A Grob quer impor
suas regras na negociação,
sem considerar o que acontece
na categoria. Ela não
admite, por exemplo, que a PLR tenha uma parcela fixa
de pagamento. Foi por causa
disso que os companheiros
pararam a produção recentemente.

Os trabalhadores podem
retomar os protestos
se a negociação não andar.
Isso porque a produção
anda a todo vapor, mas patrão
só chora, dizendo que
não tem dinheiro.

Arteb: Revistas humilhantes

A Arteb, de São Bernardo,
coloca em dúvida a honestidade
de todos os trabalhadores
por causa da maneira humilhante
como faz as revistas.

O Comitê Sindical denuncia
que os companheiros
vivem um transtorno pois
chegam a ser revistados até
três vezes na hora da saída.

Primeiro o trabalhador
passa por um detector de
metal. Depois as mochilas é
que são revistadas. Se estiver
com o carro no estacionamento,
é obrigado a abrir o
porta mala na portaria para
ser revistado novamente.

Isso faz com que o trabalhador
seja visto como suspeito,
causando um constrangimento
generalizado.

A empresa é muito rigorosa
para proteger o seu
patrimônio e pouco preocupada
em proteger o ambiente
de trabalho.

Enquanto isso, a companheirada
se acidenta e adoece
por falta de segurança.

Fibam: Trabalhador cai em tanque e queima todo o corpo

O decapador José Adilson
de Souza teve queimaduras
graves em todo o corpo
ao cair num tanque de sabão
na Fibam de São Bernardo.
Usado para lavar barras
de metais, o líquido do
tanque fica a uma temperatura
de 80 graus.

O acidente ocorreu terça-feira e Adilson está internado
no Hospital Santa Cecília,
em São Paulo.

Quebrou a bomba que
bate o líquido no tanque.
Pressionado para não parar
a produção, ele foi bater o
líquido com uma pá.

Nesse momento, escorregou
e caiu de cabeça. Ele foi
retirado por um colega. O tanque
mede 2 metros por 1,5
metro por 1,5 metro de al