Metalúrgicos de Sorocaba fazem manifestações por reajuste de 8%

Foto: Paulo Rogério/SMSorocaba

Esta terça-feira, 18, amanheceu com protestos da Campanha Salarial dos metalúrgicos nas empresas Metalac, Metso e Jaraguá, todas em Sorocaba. Cada manifestação durou cerca de uma hora, na entrada do primeiro turno. O Sindicato deu prazo até a tarde de amanhã (19) para as empresas garantirem o reajuste de 8% para os trabalhadores. Se as fábricas não aderirem a proposta, as manifestações devem se estender por mais tempo.

Segundo informações dos Comitês Sindicais de Empresa (CSE), os metalúrgicos aderiram as protestos na maioria das fábricas que ainda não garantiram ainda não garantiram acordos salariais. O ritmo de produção está bem mais lento do que o normal devido à operação.

Ontem, segunda (17), houve paralisações de duas horas na Gerdau em Sorocaba e na Lupatech em Iperó.

Assim como os Metalúrgicos do ABC,os companheiros de Sorocaba reivindicam o reajuste de 8%. O índice já se tornou padrão nos grupos que estão em Campanha Salarial.

Os companheiros na Federação Estadual dos Metalúrgicos da CUT (FEM) reivindicam reajuste de 8%, assim como os Metalúrgicos do ABC. O valor já se tornou padrão e foi aderido por todos os grupos em negociação na Campanha Salarial deste ano.

As empresas do Grupo das Fundições e as Montadoras não estão enfrentando greves ou protestos porque já garantiram reajustes salariais. Ainda hoje haverá negociações com o Grupo 2.

 

Paralisações e redução de jornada

As manifestações foram aprovadas durante assembleia que aconteceu no domingo (16), na sede do Sindicato de Sorocaba. Esta segunda-feira, dia 17, começou com protestos e paralisações em fábricas de Sorocaba e Iperó.

Entre 6h e 8h, os trabalhadores no primeiro turno da Gerdau de Sorocaba, que fica na rua Pe. Madureira, no Além Ponte, cruzaram os braços.

Já em Iperó, a produção da fábrica Lupatech (antiga Tecval) foi interrompida também por duas horas, das 7h às 9h. Todos os 200 funcionários do primeiro turno daquela fábrica aderiram à greve.

Também nesta segunda-feira os trabalhadores estão aderindo a onda de protestos.  “Cada trabalhador sem acordo salarial deve reduzir ao máximo seu ritmo de produção, seu empenho na fábrica. O patrão tem que sentir no bolso o custo da enrolação que estão impondo pra nós”, afirma João de Moraes Farani, vice-presidente do sindicato em Sorocaba e secretário-geral da FEM/CUT.

De acordo com a diretoria do Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região, novos protestos e paralisações podem acontecer na tarde desta segunda.

 

Greve aprovada

Na assembleia, os metalúrgicos rejeitaram, por unanimidade, propostas financeiras de cinco grupos patronais. O Grupo 2,3, 8, e 10 receberam propostas inferiores aos 8%.

Apenas o acordo proposto pelo grupo das fundições, que garante 8% de reajuste salarial, foi aprovado pelos trabalhadores na assembleia.

Além das fundições, a Toyota também não aderiu as manifestações, pois já tiveram o reajuste garantido desde o ano passado.

 

Com informações do Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região