Metalúrgicos de Sorocaba iniciam processo eleitoral nesta quarta-feira
Nesta semana, nos dias 23, 24 e 25, haverá eleição metalúrgica para escolha dos comitês sindicais de empresa (CSE) em 51 fábricas e no comitê dos aposentados. A eleição acontece a cada três anos e define o grau de representação e organização sindical da categoria
Nesta semana, nos dias 23, 24 e 25, haverá eleição metalúrgica para escolha dos comitês sindicais de empresa (CSE) em 51 fábricas e no comitê dos aposentados. A eleição acontece a cada três anos e define o grau de representação e organização sindical da categoria.
Haverá urnas fixas nas maiores empresas e na sede do Sindicato, além de urnas itinerantes nas fábricas de menor porte.
É importante que todo trabalhador exerça seu direito, ainda que não haja disputa de chapas na fábrica onde trabalha, pois o não comparecimento às urnas prejudica o processo eleitoral, enfraquece o candidato e fortalece o patrão.
Quem vota no primeiro turno
No primeiro turno das eleições sindicais metalúrgicas – dias 23, 24 e 25 de fevereiro – haverá votação somente nas 51 empresas onde há candidatos a membros de Comitês Sindicais de Empresa (CSE). Além disso, haverá também eleição para o Comitê Sindical dos aposentados, totalizando 52 CSEs.
Todos os metalúrgicos sócios do Sindicato há pelo menos três meses, nas fábricas onde há eleição de CSEs, terão direito a voto. Os nomes dos eleitores constarão em listagens disponíveis junto às mesas coletoras de votos.
Para votar, basta apresentar o cartão do metalúrgico (cartão do Sindicato) ou mesmo o RG.
A coordenação eleitoral estima que aproximadamente 15 mil metalúrgicos da região estão aptos a votar no primeiro turno.
Eleitos, todos os integrantes de CSE farão parte da Diretoria Plena do Sindicato, que se reúne a cada dois meses para analisar a atuação sindical e deliberar sobre melhorias e novas prioridades.
Segundo turno será em março
Já no segundo turno das eleições, com votação dias 23, 24 e 25 de março, os membros do CSE vão se organizar em chapa de 27 integrantes. Nessa etapa, todos os metalúrgicos sindicalizados da região, de todas as fábricas, terão direito a voto para definir os componentes da Diretoria Executiva, conselheiros e suplentes.
O mandato de todos os sindicalistas eleitos, nos dois turnos, é de três anos.
O X é na Chapa, não no candidato
O voto na eleição sindical, por definição jurídica, não é no indivíduo, mas sim nachapa (conjunto de candidatos que compartilham a mesma plataforma de atuação). Essa informação é importante na hora de assinalar seu voto na cédula de papel.
A cédula eleitoral trará os nomes dos candidatos, mas o ‘X deverá ser assinalado quadrado correspondente à Chapa.
Em resumo: o ‘X não é no candidato, mas sim na chapa da qual ele é integrante.
A importância do voto
Mesmo nos casos de eleição de chapa única, o comparecimento do eleitor às urnas é fundamental. Cada voto aumenta a representatividade do sindicalista eleito. E essa transferência de confiança, do trabalhador para o candidato, é indispensável para o dirigente sindical se posicionar du¬rante as negociações com o patrão.
Portanto, a direção sindical conta mais uma vez com a tradicional consciência cidadã do metalúrgico e pede que todos os eleitores compareçam às urnas.
CSE: modelo avançado
O modelo de eleição dos metalúrgicos de Sorocaba, que tem como base os comitês sindicais de empresa (CSE), é considerado pela CNM/CUT como um dos mais avançados e democráticos do país. Ele permite a eleição de um número de representantes sindicais bem maior do que as votações tradicionais.
Na eleição convencional, um número sempre fixo de candidatos (cerca de 30) formam chapas para disputar as eleições. Dessa forma, trabalhadores de apenas uma pequena parcela de empresas conta com representantes na direção sindical.
No formato CSE, pode haver representação sindical na empresa sempre que houver organização dos trabalhadores e pedido de realização de eleições locais.
Do Metalúrgicos de Sorocaba