Metalúrgicos defendem interesses dos trabalhadores no Rota 2030
Foto: Washington Costa
No debate da nova política automotiva brasileira, o chamado Rota 2030, que substituirá o Inovar-Auto, a partir de janeiro de 2018, o Sindicato busca novos espaços para influenciar as discussões em Brasília, do ponto de vista dos trabalhadores. Seis diferentes grupos de trabalho debatem questões sobre o setor automotivo, com o objetivo de aumentar a competividade global do Brasil.
Na defesa da ferramentaria nacional e do fortalecimento da indústria no processo de elaboração do Programa, os Metalúrgicos do ABC passaram a integrar o debate, após cobrança feita ao Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, o MDIC, para garantir o espaço dos trabalhadores, os maiores interessados no assunto.
“As discussões estão extremamente difíceis, somos poucos defendendo uma política industrial nacional. De um lado, o governo fragilizado e sem disposição de investimento, do outro, as empresas focadas em se proteger e em buscar vantagens governamentais, e sem compromisso com a produção nacional”, avaliou o diretor executivo do Sindicato, responsável pelo tema da Indústria, Wellington Messias Damasceno, um dos representantes no debate.
No momento, o Sindicato está inserido em dois grupos de trabalho: Reestruturação da cadeia de autopeças e P&D e engenharia (confira detalhamento no quadro ao lado). A partir da reunião que será realizada no pró- ximo dia 16, participará também do grupo 4 que discute a renovação de frota.
“Criar inspeção veicular sem a renovação de frota é criar uma frota clandestina e querer tomar o meio de subsistência dos caminhoneiros sem nenhuma contrapartida. Precisamos fazer a crítica e reforçar a necessidade de inclusão no programa”, avaliou o dirigente.
Em defesa da Ferramentaria
Nesta semana, o presidente do Sindicato, Wagner Santana, o Wagnão, participou da assinatura do protocolo de intenções para o fortalecimento das ferramentarias com a liberação dos créditos de ICMS, no Consórcio Intermunicipal Grande ABC. Em junho, Wellington participou do 10º Encontro Nacional das Ferramentarias, o Enafer, e 15ª Conferência Mundial de Ferramentarias, ISTMA, em Joinville, Santa Catarina.
No final de junho, o presidente dos Metalúrgicos do ABC defendeu na sede mundial da Toyota no Japão, a importância da vinda de um novo produto para a fábrica de São Bernardo. Para tanto, sustenta o debate de uma política de incentivo diferenciada para a produção de carros híbridos no Brasil, o que traria também ao País novas tecnologias de motores. “Essa política específica poderá ser debatida no âmbito do Rota 2030”, afirmou Wellington.
Da Redação