Metalúrgicos do ABC acompanham anúncio de transformação digital da indústria em Brasília

O Sindicato acompanhou de perto mais um importante passo do governo federal para entrar nas cadeias globais de tecnologia de ponta, definindo metas, prioridades e investimentos com a Missão 4 da NIB (Nova Indústria Brasil). A cerimônia no último dia 11, no Palácio do Planalto, em Brasília, detalhou um conjunto de ações para o avanço da indústria em setores como internet das coisas, inteligência artificial e Big Data para impulsionar a revolução digital no país, aumentar a competitividade da indústria e gerar empregos mais qualificados e de maior renda.

“Esta é uma pauta fundamental para nós, trabalhadores e trabalhadoras, e o Sindicato tem falado diversas vezes sobre iniciativas do governo que geram a retomada da indústria brasileira”, disse o presidente do Sindicato, Moisés Selerges. “É importante para os Metalúrgicos do ABC participarem deste anúncio pela retomada do contato direto com o governo federal, do diálogo com a classe trabalhadora, de políticas industriais para a região, da participação popular, da geração de empregos e direitos. Além de tantas outras possibilidades que trazem esperança tanto à categoria quanto a toda a população brasileira”.

São R$ 186,6 bilhões entre recursos públicos e privados. Desse total, R$ 42,2 bilhões já foram alocados pelo setor público e outros R$ 58,7 bilhões direcionados com o anúncio desta nova fase. Da parte do setor produtivo, os investimentos a serem anunciados somam R$ 85,7 bilhões.

A Missão 4 fortalece as cadeias produtivas de semicondutores, robôs industriais e produtos e serviços avançados. Os primeiros investimentos serão direcionados à fabricação de chips, fibras óticas e robôs, instalação de datacenters e computação em nuvem, otimização de processos industriais, telecomunicações, eletromobilidade, desenvolvimento de softwares e implantação de redes de infraestrutura, dentre outras áreas.

Meta

O objetivo da Missão 4 da NIB é transformar digitalmente 50% das empresas industriais brasileiras até 2033, com meta intermediária de 25% em 2026, assegurando que a participação da produção nacional triplique nos segmentos de tecnologias emergentes e disruptivas. Atualmente, o percentual de indústrias digitalizadas é de 18,9% (2023).

Semicondutores

Durante o evento, o presidente Lula sancionou ainda a Lei que incentiva a produção nacional de semicondutores. Serão R$ 7 bilhões por ano (R$ 21 bilhões até 2026) para estimular investimento em pesquisa e inovação nas cadeias de chips e eletroeletrônica, com aplicações voltadas para painéis solares, smartphones, computadores pessoais e outros dispositivos associados diretamente à chamada indústria 4.0.

A lei cria o programa Brasil Semicon, aperfeiçoa o Padis (Programa de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico à Indústria de Semicondutores) e prorroga a Lei de TICs (Lei da Informática), prevendo incentivos adicionais a produtos desenvolvidos com tecnologia nacional (Tecnac), além de créditos percentualmente maiores para as regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste.

Com informações da Agência Brasil