Metalúrgicos do ABC aprovam pauta da Campanha Salarial 2022
Este ano o tema é “Juntos pela Reconstrução dos Direitos, dos Salários, da Democracia e do País”

A categoria lotou a Sede na noite da última sexta-feira, 6, para apreciar a pauta da Campanha Salarial 2022 apresentada pela FEM/CUT (Federação Estadual dos Metalúrgicos da CUT) na Assembleia Geral da categoria. A pauta, cujo tema é “Juntos pela Reconstrução dos Direitos, dos Salários, da Democracia e do País”, foi aprovada por unanimidade. O próximo passo é a entrega para os patrões agendada para 3 de junho.

Os eixos da Campanha são: reposição da inflação, aumento real, valorização dos pisos, valorização da Convenção Coletiva de Trabalho, manutenção dos direitos e a reindustrialização do país.
O presidente do Sindicato, Moisés Selerges, destacou a relevância da pauta, da reindustrialização do Brasil e afirmou que a Campanha tem que ir além da questão salarial.

“Nossa Campanha tem que ser além da Salarial. Tem gente que reclama que o Sindicato fala muito de política, mas é a política que determina tudo isso. Precisamos lutar por uma política voltada para os interesses dos trabalhadores”.

“Também precisamos brigar por uma política industrial neste país. Aqui quando chega semicondutores, falta vidro, quando chega vidro, falta pneu. Isso porque o Brasil não tem uma política voltada à indústria para que haja produção local com o objetivo de gerar emprego e renda no país, temos capacidade, mas não fabricamos”, reforçou.

Após a aprovação por unanimidade, Moisés bradou: “Aprovada a pauta, agora é luta. Vamos pra cima deles!”

Instrumento de preservação da vida
O presidente da FEM/CUT, Erick Silva, ressaltou a necessidade do reajuste, de lutar pela manutenção dos direitos, e valorizou a presença dos companheiros e companheiras na assembleia.
“O reajuste é importantíssimo ainda mais num período de inflação como este que estamos vivendo. As Convenções Coletivas e os acordos celebrados pelo Sindicato são o grande instrumento de preservação da vida do trabalhador no local de trabalho. E o que garante isso é quando o patrão vê a assembleia do ABC lotada, aí ele percebe que se não fizer acordo, vai ter mobilização e luta”.
“Temos que estar cada vez mais mobilizados na base, este é um ano para termos esperança, acreditar e trabalhar pela transformação e reconstrução do nosso país”, disse.
Negociações
Pautas Cheias
Este ano serão negociadas as “pautas cheias”, incluindo as cláusulas sociais e econômicas, com seis grupos patronais:
Siniem – estamparia
Sicetel – trefilação e laminação de metais ferrosos
Siescomet – esquadrias e construções metálicas
G8.3 (Simefre, Siamfesp e Sinafer) – artefatos de ferro, metais e ferramentas, materiais e equipamentos ferroviários e rodoviários, artefatos de metais não ferrosos
G2 (Sindimaq e Sinaees) – máquinas, aparelhos elétricos, eletrônicos
G10 – Fiesp e outros
Pautas parciais
Já as “pautas parciais”, basicamente só cláusulas econômicas e algumas sociais novas de complementos, serão negociadas com cinco grupos patronais:
G3 (Sindipeças, Sindiforja e Sinpa) – autopeças, forjaria e parafusos
Sindratar – refrigeração, aquecimento e tratamento de ar
Sifesp – fundição
Sindicel – condutores elétricos, trefilação e laminação de materiais não ferrosos
Sindifupi – funilaria e pintura