Metalúrgicos do ABC aprovam pauta da campanha salarial

O presidente do Sindicato, Rafael Marques

Durante assembleia realizada na Regional Diadema do Sindicato, os metalúrgicos do ABC aprovaram a Além do ABC, outros 13 sindicatos da categoria filiados à Federação Estadual dos Metalúrgicos da CUT, a FEM-CUT, estão em campanha, representando mais de 200 mil trabalhadores em seis grupos patronais.

Além do ABC, outros 13 sindicatos da categoria filiados à Federação Estadual dos Metalúrgicos da CUT, a FEM-CUT, estão em campanha, representando mais de 200 mil trabalhadores em seis grupos patronais.

“Os principais eixos são reposição integral da inflação, aumento real de salários, redução de jornada sem redução de salário e licença maternidade de 180 dias para os grupos 8, 10 e Estamparia”, enumerou o presidente da FEM-CUT, Valmir Marques, o Biro-Biro.

A entrega da pauta aos grupos patronais será na próxima segunda, dia 16, às 11horas, na Fiesp. O Sindicato será representado no ato pelo presidente, Rafael Marques, os coordenadores de São Bernardo, Nelsi Rodrigues, o Morcegão; e Diadema, David Carvalho.

Segundo Rafael, a Campanha Salarial deste ano deve acompanhar as expectativas de estabilização do mercado de caminhões e ônibus, o que deverá regularizar a produção nas montadoras.

“Aguardamos um segundo semestre melhor para as montadoras, que apesar de não estarem em Campanha por conta dos acordos negociados com o Sindicato, podem influenciar positivamente os demais grupos”, disse.

Para o presidente, os acordos de longo prazo atrelados a novos investimentos e produtos com a garantia de postos de trabalho têm sido importantes para a categoria.

“O sucesso desse modelo, de acordo de três a cinco anos, deve ser uma aposta da FEM-CUT em todo o Estado”, recomendou Rafael.

Grupos patronais ainda vivem situação indefinida

Para Morcegão, as empresas de grande e médio porte têm apostado em novos investimentos para reaquecer o setor das autopeças.

“É preciso valorizar esses acordos que garantem os postos de trabalho com mais qualificação profissional e investimentos nas plantas”, destacou.

Em Diadema, David Carvalho, avaliou o setor de eletrônicos como um dos mais promissores. “Estamos acompanhando uma expansão nestas empresas”, afirmou durante a assembleia.

Já em Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra algumas empresas ainda enfrentam problemas devido ao desaquecimento do mercado automotivo em função das restrições ao crédito para a aquisição de carros novos e a renovação do acordo bilateral entre Brasil e Argentina, que restringiu as exportações para aquele país.

“Estamos vivendo uma reação em cadeia destes fatores, o que tem abalado as fábricas das duas cidades”, alertou o coordenador da Regional de Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra, Juarez Barros, o Buda.

180 dias para todas as metalúrgicas

Mesmo sem a negociação de cláusulas sociais para este ano, a licença maternidade de 180 dias entrará na pauta para os grupos 8, 10 e Estamparia.

“Queremos que este direito seja garantido para todas as companheiras da base”, afirmou a diretora executiva do Sindicato e coordenadora da Comissão das Metalúrgicas do ABC, Ana Nice Martins de Carvalho.

A dirigente pediu, ainda durante a assembleia, para que homens e mulheres se empenhassem na fiscalização das contratações nas fábricas.

“O Sindicato tem apoiado a ampliação da participação das mulheres na categoria, mas só avançaremos com o esforço de todos em busca da igualdade de oportunidades”, ressaltou.

Da Redação