Metalúrgicos do ABC assinam Convenções Coletivas e garantem direitos
Intenso processo de mobilização protegeu direitos que estavam sob ataque
Os Metalúrgicos do ABC assinaram ontem, na sede da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), as CCTs (Convenções Coletivas de Trabalho) conquistadas durante a Campanha Salarial 2022.
Com a mobilização dos trabalhadores e trabalhadoras em toda a base da FEM/CUT (Federação Estadual dos Metalúrgicos da CUT), foi possível conquistar a renovação das cláusulas sociais em todos os grupos patronais, exceto com o G10.
O presidente da FEM/CUT, Erick Silva destacou o empenho de toda a categoria. “Foram as mobilizações, assembleias, protestos e unidade dos sindicatos que garantiram a Convenção Coletiva aos 209 mil trabalhadores na base da Federação. É essa Convenção que vem protegendo o trabalhador há cinco anos, o metalúrgico no estado de SP não sofreu o impacto da reforma Trabalhista”.
O secretário-geral dos Metalúrgicos do ABC, Claudionor Vieira, lembrou que as Convenções são uma espécie de salvaguarda. “As cláusulas sociais são fundamentais porque nos últimos anos os trabalhadores vivem numa situação vulnerável no que diz respeito às cláusulas sociais, desde a reforma Trabalhista. A Convenção é uma espécie de salvaguarda dos direitos dos trabalhadores, por isso o Sindicato faz tanta questão de fechar esses acordos”.
O coordenador de São Bernardo, Genildo Dias Pereira, o Gaúcho, lembrou que a Campanha Salarial, além de garantir a recuperação das perdas salariais, tem o importante papel de garantir os direitos por meio das cláusulas sociais. “Mesmo em anos de crise econômica, social e política, nossa Federação sempre teve tranquilidade e competência para lutar, proteger e garantir os direitos dos trabalhadores de nossa categoria”.
O coordenador da Regional Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra, Marcos Paulo Lourenço, o Marquinhos, destacou a importância de garantir as cláusulas sociais em um momento de ataques.
“A importância neste ano é muito grande porque estamos vindo de quatro anos de ataques ferrenhos aos direitos dos trabalhadores, tanto por parte do governo como dos empresários. Neste período, tivemos muita resistência para manter os direitos adquiridos, motivo para nos orgulharmos, já que muitos trabalhadores Brasil afora viram seus direitos sendo destruídos”.
O coordenador da Regional Diadema, Antônio Claudiano da Silva, reforçou que a assinatura consolida a garantia de direitos. “São direitos fundamentais por conta da atual legislação trabalhista e esperamos que no próximo período tenhamos a possibilidade de ampliar essas garantias, além de ter uma outra legislação, um outro projeto de país que dialogue com a classe trabalhadora”.
G10
No G10, que não senta para negociar com a FEM/CUT há seis anos, as empresas serão procuradas para fechar acordos individuais, nessas fábricas o Sindicato orienta que os trabalhadores sigam mobilizados para obter um bom resultado de Campanha Salarial.