Metalúrgicos do ABC celebram queda no desemprego e defendem redução da Selic e jornada menor para ampliar geração de empregos
A taxa de desocupação ficou em 6,6% no trimestre encerrado em abril, segundo o IBGE. É o menor índice para esse período desde o início da série histórica, em 2012

A taxa de desocupação ficou em 6,6% no trimestre encerrado em abril, segundo o IBGE. É o menor índice para esse período desde o início da série histórica, em 2012
Os Metalúrgicos do ABC celebraram os dados divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), no último dia 29, que indicam a continuidade da queda na taxa de desemprego no Brasil, reforçando a defesa por empregos de qualidade e pela redução da jornada como caminhos para fortalecer o mercado de trabalho.
A taxa de desocupação ficou em 6,6% no trimestre encerrado em abril, segundo a PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua), do IBGE. É o menor índice para esse período desde o início da série histórica, em 2012. Em números absolutos, o país soma 7,3 milhões de pessoas em busca de trabalho, uma redução de 11,5% em relação ao mesmo período do ano passado.

“É um número que comemoramos, com a expectativa de que a taxa de desemprego continue em queda, para que o país volte a gerar empregos de forma constante e de qualidade, com boas remunerações. Certamente, se a taxa de juros [Selic] tivesse caído, o resultado seria ainda melhor”, avaliou o diretor executivo do Sindicato, Luiz Carlos da Silva Dias, o Luizão.
Na luta
Para o dirigente, além da queda nos juros, o país precisa avançar em políticas estruturantes para ampliar a oferta de empregos. “Se tivéssemos uma jornada de trabalho reduzida, sem redução de salário, haveria necessidade de mais pessoas trabalhando. Isso poderia representar um salto significativo no combate ao desemprego. Existem projetos no Congresso sobre isso, e o movimento sindical precisa pressionar ainda mais para que avancem”, destacou.
Luizão também apontou que os dados positivos do mercado de trabalho nacional estão sendo percebidos nas fábricas da região. “Nestes primeiros cinco meses do ano, temos recebido quase diariamente informações de empresas que estão contratando. Esse crescimento é concreto e já está sendo sentido pelos trabalhadores e trabalhadoras na base”.
CLT em alta
A pesquisa do IBGE ainda revelou que o número de trabalhadores e trabalhadoras com carteira assinada no setor privado bateu novo recorde, chegando a 39,6 milhões, alta de 0,8% frente ao trimestre anterior e de 3,8% em relação ao ano passado. A informalidade também recuou para 37,9%, o equivalente a 39,2 milhões de pessoas.
O rendimento médio real habitual dos ocupados foi de R$ 3.426, com alta de 3,2% frente ao mesmo período de 2024. A massa de rendimentos somou R$ 349,4 bilhões, novo recorde da série.