Metalúrgicos do ABC celebram um ano das Cozinhas Solidárias do MTST

No último sábado, dia 12, diretores do Sindicato participaram da atividade de um ano do projeto Cozinhas Solidárias. O ato, na cozinha do Montanhão, em São Bernardo, reuniu integrantes de movimentos sociais, líderes sindicais e militantes da região.

Foto: Adonis Guerra

O projeto foi criado pelo MTST, durante o período da pandemia, com a ideia de ajudar a combater a fome nas periferias. As 26 Cozinhas Solidárias espalhadas por todo o Brasil garantem uma refeição diária e gratuita para famílias que se encontram em situação de insegurança alimentar.

O presidente dos Metalúrgicos do ABC, Moisés Selerges, parabenizou o projeto e disse que é preciso ser solidário com os que têm fome.

“Ficamos muito felizes em comemorar o aniversário do projeto Cozinha Solidárias do MTST. O país está em uma dificuldade enorme, alto desemprego e sem uma política econômica, por isso nós precisamos ser cada vez mais solidários. Quem tem fome tem pressa”.

O vice-presidente dos Metalúrgicos do ABC, Carlos Caramelo, destacou que a preocupação do Sindicato envolve todos os temas que afetam a vida dos trabalhadores.

“Ser solidário é um gesto de humanidade. Nosso Sindicato, ao longo da sua história, sempre esteve preocupado com as pessoas, com o meio ambiente, com a energia limpa e com o futuro dos trabalhadores e da indústria”, disse.

“Pensar no planeta é pensar em uma transição energética urgente. Têm países no mundo que estão discutindo o tema, com energia eólica e a solar, por exemplo, e o Brasil está muito atrás. Isso se reflete na dependência aos combustíveis fosseis e a alta dos preços dos combustíveis que estamos sofrendo”, explicou.

Foto: Adonis Guerra

Alimentar a alma

O coordenador do MTST, Guilherme Boulos, afirmou que o projeto cumpre uma função que não é feita pelo governo.

“O Brasil é rico o suficiente para poder alimentar todo o mundo se houvesse uma distribuição igual. O Cozinhas Solidárias é um caminho para alcançar esse lugar de justiça, estamos fazendo aqui o que o governo não faz, é o movimento social arregaçando as mangas. Não alimenta só a barriga de quem vem aqui todo dia, é um alimento para a alma e para a consciência.”

Foto: Adonis Guerra

Boa alimentação

A chefe de cozinha e ativista pela soberania alimentar, Bela Gil, ressaltou a importância de as pessoas terem acesso à terra e a uma boa alimentação.

“É muito significativo o projeto ficar dentro de uma ocupação, porque a gente sabe que a terra é fundamental para ter a democratização de uma boa alimentação. Precisamos dos nossos direitos básicos, como moradia e acesso à terra, para que possamos plantar e ter soberania alimentar e, acima de tudo, ter comida no prato. E o projeto contempla tudo isso”, reforçou.