Metalúrgicos do ABC chegam a 104 mil trabalhadores na base
Emprego na categoria é o maior em 15 anos
O ano passado também foi bom para os metalúrgicos do ABC em termos de emprego.
Após ter perdido 5.962 postos de trabalho durante a crise econômica mundial de 2009, a categoria conquistou 7.161 novas vagas e fechou 2010 com 104.188 metalúrgicos contratados. Isto é, superou em mais de mil vagas os números anteriores à crise.
Na média, o emprego na base cresceu 7,4% no ano passado, segundo levantamento realizado pela Subseção Dieese do Sindicato nas cidades de São Bernardo, Diadema, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra.
Sérgio Nobre, presidente do Sindicato, atribui esse crescimento ao desempenho da economia, particularmente à produção do setor automotivo, porém antecipa que o cenário não é de tranqüilidade com os números possam indicar.
“O setor automotivo importou 600 mil veículos ano passado. É quase a produção de uma fábrica inteira daqui!”, compara.
Segundo ele, resolver a vulnerabilidade da nossa economia é um dos desafios do Sindicato, pois a tendência é a importação continuar em alta por causa do real valorizado em relação ao dólar.
“Vamos cobrar uma política industrial do governo federal, seja para a nacionalização de componentes, autopeças de maior valor tecnológico e também de investimentos na capacidade de produção das montadoras”, aponta Sérgio Nobre.
Junto com setores empresariais, o Sindicato organiza um seminário para apontar soluções para essas demandas.
O mesmo levantamento da Subseção Dieese constatou que a massa total de salários – ou seja, a soma de tudo que a categoria ganha – cresceu 9,9% em 2010 e hoje atinge aproximadamente R$ 356 milhões ao mês.
Emprego na indústria cresce 3,4%
O crescimento do emprego na categoria superou a taxa nacional. O número de vagas na indústria brasileira cresceu 3,4% em 2010, segundo o IBGE, a maior expansão medida pelo órgão. Em 2009, o número de pessoas ocupadas na indústria havia caído 5,0%.
As principais influências para o resultado vieram dos setores de máquinas e equipamentos (7,3%), produtos de metal (7,0%), meios de transporte (5,9%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (7,2%) e metalurgia básica (7,7%).
Da Redação