Metalúrgicos do ABC debatem o Modercarga

Com uma assembléia ontem pela manhã no pátio da Mercedes-Benz (Daimler-Chrysler), em São Bernardo, o presidente do Sindicato, José Lopez Feijóo, prosseguiu os debates públicos com os companheiros sobre o Modercarga.

Os metalúrgicos do ABC são os primeiros trabalhadores a conhecer os detalhes do projeto. Hoje, as discussões prosseguem em assembléia na Scania e, na próxima semana, a assembléia será na Ford.

Feijóo explicou que o Modercarga pretende facilitar a venda de caminhões para profissionais autônomos ou microem-presários interessados.

“Com a comercialização dos veículos, o projeto pode criar 120 mil empregos em toda a cadeia produtiva, inclusive entre os caminhoneiros, pois deve aumentar para 12 mil a venda de caminhões por ano, com crescimento de 18% para o setor.

“Ganham todos: trabalhadores, empresas e governo com o crescimento da economia, aumento de empregos, mais vendas e maior arrecadação de impostos que revertem em obras para a população”, afirmou o presidente do Sindicato.

O dinheiro para o Modercarga viria do FAT – Fundo de Amparo ao Trabalhador. Por isso Feijóo defende contrapartidas sociais das empresas que desejarem aderir ao programa.

“O governo anterior baixou por um tempo o imposto dos automóveis. A medida tirou as montadoras da crise, mas não resolveu o problema dos companheiros”, prosseguiu o dirigente.

“O governo Lula não vai aceitar o uso do dinheiro público em benefício apenas das empresas. Por isso queremos as contrapar-tidas”, concluiu Feijóo.

O ato de ontem contou com a participação do presidente, Fernando Lopes, e do secretário de Formação, Marino Vani, da Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT (CNM-CUT); do presidente da Federação Estadual dos Metalúrgicos da CUT (FEM-CUT) e trabalhador na Mercedes, Adi dos Santos Lima; e do secretário-geral do Sindicato e também trabalhador na Mercedes, Tarcísio Secoli.

Pela representação dos trabalhadores estiveram os coordenadores Valter Sanches e Moisés Selerges.