Metalúrgicos do ABC discutem desafios nas políticas públicas para pessoas com deficiência
No Dia Nacional de Luta, 21 de setembro, movimentos chamam atenção para ataques dos governos Doria e Bolsonaro

Para marcar o “Dia Nacional de Luta das Pessoas com Deficiência”, celebrado em 21 de setembro, a Comissão dos Metalúrgicos do ABC com Deficiência, organizou no sábado uma live com o tema “Avanços e desafios nas políticas públicas para pessoas com deficiência”.
Entre os convidados estavam Martinha Clarete Dutra, ex-diretora de Políticas de Educação Especial da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão do Ministério da Educação, entre 2003 e 2016; a mestra e ativista de direitos humanos no campo da pessoa com deficiência, Naira Rodrigues Gaspar; a vereadora em São Bernardo e ex-diretora do Sindicato Ana Nice; e o presidente do PT no Estado de São Paulo, Luiz Marinho.
A conversa tratou de temas como o direito à saúde e à educação adequadas, inserção no mercado de trabalho, não segregação, além do compromisso dos gestores públicos com relação à acessibilidade nas cidades para que as pessoas com deficiência tenham facilidade de locomoção.
“Também discutimos a importância da Convenção Internacional, assinada por vários países, inclusive o Brasil. Precisamos fiscalizar para que os nossos gestores cumpram com o que está estabelecido neste documento. Com o governo Bolsonaro, ela não está sendo aplicada, isso é um absurdo”, destacou o coordenador da Comissão, Sebastião Ismael de Sousa, o Cabelo.
“Não queremos assistencialismo, queremos igualdade, acessibilidade, emprego, condições para produzir como qualquer outra pessoa”, reforçou.

O vice coordenador da Comissão, Vagner Mendes Gomes, o Vagnão, CSE na empresa TTB, em Diadema, pai de dois filhos com deficiência, ressaltou que é preciso lutar por um mundo com menos preconceito.
“Eu escolho lutar para que um dia possa ver meus filhos e os filhos dos meus amigos e todas as pessoas com deficiência num mundo mais justo e acessível com igualdade para todos. A maior deficiência é o preconceito”.

Projetos de Bolsonaro para acabar com a Lei de Cotas
Desde que assumiu a presidência em 2019, Bolsonaro tenta prejudicar os trabalhadores com deficiência. Ele extinguiu a Secadi (Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão), ligada ao Ministério da Educação, e ainda tentou desfigurar a Lei de Cotas (nº 8.213/1991) e fechar o Conade (Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência).