Metalúrgicos do ABC fazem manifestação nesta quarta-feira (11) na Anchieta

"A tarefa do movimento sindical é cobrar responsabilidade social das empresas", afirma Sérgio Nobre, presidente dos Metalúrgicos do ABC; presidente nacional da CUT, Arthur Henrique, participa do ato que começa às 7h30, na portaria da Volks para protestar contra demissões, falta de responsabilidade social de empresários e banqueiros e a inércia do governo estadual diante da crise

 

 

Com a presença do presidente da CUT nacional, Arthur Henrique, o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC realiza nesta quarta-feira (11), a partir das 7h30, na portaria da Volkswagen (Km 23 da via Anchieta) em São Bernardo do Campo, manifestação para protestar contra demissões. O ato integra mobilização organizada pela CUT em todo o País para marcar o Dia Nacional de Luta pelo Emprego e Salário (veja programações regional, estadual e nacional abaixo). 

Os presidentes do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Sérgio Nobre; da CNM-CUT, Carlos Alberto Grana; da FEM-CUT, Valmir Marques da Silva (o Biro-Biro); da CUT-ABC, Claudionor Neves da Silva, e do Sindicato dos Químicos do ABC, Paulo Lage, além de outras lideranças sindicais e de parlamentares, participarão do protesto.

“A finalidade da manifestação é chamar a atenção da sociedade para a selvageria do capitalismo brasileiro, que desemprega sem piedade e de forma precipitada num momento em que todos os envolvidos – empresários, trabalhadores e governos – devem se unir para enfrentar a crise e pensar alternativas para retomar o crescimento do País”, afirma o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Sérgio Nobre.

Segundo o dirigente dos Metalúrgicos do ABC, as empresas têm de cumprir seu papel social. “A tarefa do movimento sindical e dos trabalhadores é cobrar o cumprimento desse papel, porque uma parcela dos empresários e, principalmente, os banqueiros, não vêm fazendo a sua parte neste momento difícil para o mundo e o Brasil”, avalia Nobre.

O protesto desta quarta-feira vai cobrar essa responsabilidade social dos empresários – que sob a desculpa da crise mundial, demitem e cortam salários, apesar dos cinco anos consecutivos de recordes de produção, vendas e faturamento – e também denunciar que os banqueiros continuam dificultando o crédito, apesar da ajuda federal, e que o governo do Estado de São Paulo pouco tem feito para combater a crise, embora seja o Estado mais rico da Federação.

A manifestação também vai reivindicar que o governo federal exija que todas as empresas que receberem isenção de impostos ou empréstimo com dinheiro público se comprometam a não demitir, sob pena de punição.

Durante o protesto, os trabalhadores receberão informes sobre a organização do seminário regional que vai reunir prefeitos, sindicatos e empresários do ABC, além de ministros do governo Lula para debater e elaborar propostas de combate à crise e às demissões e pela retomada do crescimento.

O SINDICATO E A CUT PROTESTAM E EXIGEM MEDIDAS CONTRA:

       1)    Falta de responsabilidade social dos empresários

       2)    Demissões e redução de salário

3)    Oportunismo das empresas por usar a crise mundial como desculpa para demitir

4)    Retenção de crédito que impede, dificulta e encarece o financiamento ao consumidor final, apesar do aporte do governo federal

5)    Spread (lucro dos bancos com empréstimo) no Brasil, que é o maior do mundo e 11 vezes maior que o dos países desenvolvidos

6)    Juros altos também o maior do mundo

7)    A falta de ação do governo de São Paulo, que apesar de ser o Estado mais rico da Federação concentra 44% dos desempregados. Há uma série de medidas em nível estadual que podem ser adotadas para evitar demissões, como fez, por exemplo, o governo do Amazonas, onde, na Zona Franca de Manaus, a CUT fechou um acordo entre governo do estado e entidades empresariais que garantiu estabilidade no emprego de todos os 42 mil trabalhadores da indústria de motos e da indústria de plásticos durante o primeiro trimestre. Em troca, o governo abriu mão de parte dos impostos pelo mesmo período. Ao final de 90 dias, haverá nova rodada de negociação, para saber se o acordo precisa ser refeito. Mas todos estão apostando que até lá a produção dará sinais de retomada.

8) Pelo uso do superávit primário para garantir programas sociais e investimentos em obras que gerem emprego

9)    Pela garantia de que o governo exija contrapartidas sociais e manutenção de emprego de empresas beneficiadas por isenção fiscal e empréstimos públicos

 

 

SERVIÇO – ATO NA VW DE SÃO BERNARDO

 O

que   – Manifestação contra desemprego

Quando – 11 de fevereiro (quarta-feira), às 7h30

Onde  – Portaria da Volkswagen – Km 23 da via Anchieta, São Bernardo do Campo

 

 

CUT realiza atos em todo o País

Programação inclui protesto em frente à Vale, no Rio

 

REGIÃO SUDESTE

São Paulo – ato político, a partir das 10h, na Praça do Patriarca, Centro da capital paulista, com representação teatral para denunciar as “espertezas empresariais durante a crise” e panfletagem..

Interior de SP – Estão programadas também atividades como panfletagens em todos os municípios em que há subsedes da CUT.

Rio de Janeiro – passeata e ato político diante da sede administrativa da Vale, a partir das 16h, com a presença do presidente nacional da CUT, Artur Henrique

Vitória (RJ) – protesto e panfletagem diante da Vale também na capital capixaba, a partir das 9h, na portaria de Camburi.

REGIÃO NORDESTE

Salvador partir das 10h, protesto diante da sede da Federação das Indústrias do Estado da Bahia

Curitiba – manifestação a partir das 9h, na Boca Maldita.

Maceió – a partir das 15h, as mobilizações acontecem no Calçadão do Comércio.

Paulista – realiza seu principal ato diante da sede da empresa Fricon, localizada na BR 101 Norte, na cidade de Paulista, a partir das 6h.

Teresina (Piauí) – o ato público na Praça da Liberdade, a partir das 8h30.

REGIÃO SUL (RS)

Porto Alegre – ato público, às 9h30, seguido de marcha até o Palácio Piratini, sede do governo estadual onde será entregue o documento “Os trabalhadores não vão pagar pela crise” à governadora e ao presidente da Assembléia Legislativa.

Grande Porto Alegre – haverá panfletagem em frente às fábricas da grande Porto Alegre e Vale dos Sinos.

 Pelotas – o principal ato do Rio Grande do Sul, a partir das 10h, no Calçadão da cidade.

Santa Rosa – ato cultural e panfletagem  às 18h, na Praça Getúlio Vargas, localizada no Centro do município de Santa Rosa. durante a madrugada, haverá manifestações nas portas de fábricas metalúrgicas.

Ijuí – plenária às 9h, no Sindicato dos Professores do RS (Sinpro-RS). Após, acontecerá a passeata no centro da cidade.

Passo Fundo – panfletagem durante a madrugada nas portas das fábricas. Das fábricas, seguirão em caminhada até a Praça Municipal.

Canoas – atividade em frente à GCO e mobilizações na Avenida Guilherme Scheel.

Sapucaia do Sul – concentração na RS-118, após a mobilização na fábrica metalúrgica, às 7h.