Metalúrgicos do ABC lançam Comitê de Luta para organizar a categoria por um Brasil melhor

Companheiros e companheiras de diversas fábricas da categoria participaram na noite da última sexta-feira, 27, do lançamento do Comitê de Luta dos Metalúrgicos do ABC. O objetivo do Comitês lançados pela CUT é ampliar o diálogo com os trabalhadores para organizar a luta por um Brasil melhor.

Foto: Adonis Guerra

O presidente do Sindicato, Moisés Selerges, lembrou que a ideia é atuar em conjunto com a demais categorias. “Este Comitê de Luta não pode ser apenas dos Metalúrgicos do ABC, temos que trabalhar com a CUT para que seja de toda a classe trabalhadora ajudando nos debates que forem necessários. Com a nossa militância, com a nossa garra, com a história de luta que nosso Sindicato tem, seremos vitoriosos”.

“Um espaço de escuta, solidariedade, organização e luta por um Brasil melhor. Um lugar para receber toda a população e que todos os sindicatos da CUT devem criar”, reforçou o presidente da CUT, Sérgio Nobre.

Durante a atividade, os trabalhadores aprovaram a nomeação do companheiro André Nascimento, o Cabelo, trabalhador e CSE na Dura Automotive, como coordenador do Comitê.

“O Comitê de Luta dos Metalúrgicos do ABC será muito importante para ajudar a manter a democracia no Brasil, evitar o erro de 2018 e garantir os direitos da classe trabalhadora”, declarou o coordenador.

 Próximos passos

André explicou que o Comitê irá se reunir com os coordenadores dos CSEs nas montadoras e nas Regionais do Sindicato para juntos decidirem os próximos passos. “A ideia é atingir locais periféricos onde os trabalhadores não são enxergados por esse desgoverno”, completou.

Fim à violência policial

O presidente do Sindicato expressou sua indignação diante de dois graves acontecimentos na semana. A morte de Genivaldo de Jesus Santos, um homem negro de 38 anos que sofria de esquizofrenia e morreu sufocado após ser trancado no porta malas por policiais rodoviários federais, em Sergipe. E as 23 mortes na Vila Cruzeiro, no Rio de Janeiro, durante uma ação policial.

“Não podemos aceitar esse tipo de coisa. A criação dos comitês é também para que neste país não aconteça mais o que está acontecendo, o papel do comitê é lutar para que essas injustiças não aconteçam”.