Metalúrgicos do ABC lançam Plebiscito Popular 2025 na base e iniciam nova fase da mobilização nacional

Foi lançada na última quinta-feira, 17, durante reunião da Diretoria Plena do Sindicato na Sede, em São Bernardo, a participação dos Metalúrgicos do ABC no Plebiscito Popular 2025 – Por um Brasil Mais Justo.

Na cédula, os eleitores poderão responder a duas perguntas diretas sobre temas centrais para a vida da classe trabalhadora: “Você é a favor da redução da jornada de trabalho sem redução salarial e do fim da escala 6×1?” e  “Você é a favor de que quem ganhe mais de R$ 50 mil por mês pague mais imposto de renda para que quem recebe até R$ 5 mil por mês não pague?”.

Haverá urnas nas fábricas da base, em sindicatos, associações e locais públicos. Também será possível votar de forma digital, via qrcode (nesta página) e pelo site oficial plebiscitopopular. org.br. Mais informações podem ser obtidas pelos canais oficiais: plebiscito. popular2025@gmail.com, WhatsApp: (16) 98213- 4214 ou pelo Instagram: @ plebiscitopopular

A CUT, em articulação com movimentos sociais, centrais sindicais, juventudes, entidades de fé, partidos progressistas e diversos setores organizados da sociedade, está à frente da mobilização. Após a organização dos comitês populares, a votação popular segue entre julho e setembro e, por fim, a entrega dos resultados ao presidente Lula, ao Congresso Nacional e ao STF (Supremo Tribunal Federal).

Luta na base

A categoria metalúrgica, com histórico de protagonismo nas lutas sociais, já está engajada. O presidente do Sindicato, Moisés Selerges, destacou a importância do processo como instrumento político. “Vejo o plebiscito como mais uma ferramenta de mobilização e debate, algo que os CSEs [Comitês Sindicais de Empresas] já fazem nas fábricas. A pauta da jornada de trabalho, por exemplo, está amadurecida. O Brasil já está pronto para avançar para as 40 horas”.

Moisés lembrou ainda o papel histórico da categoria: “Os Metalúrgicos do ABC sempre estiveram à frente das grandes mobilizações nacionais. Agora, mais uma vez, precisamos da força da nossa base para ajudar o presidente Lula a governar e a vencer em defesa das pautas da classe trabalhadora”.

Cenário político

O presidente da CUT Nacional, Sérgio Nobre, fez uma análise do cenário político e a importância estratégica do plebiscito. “O Congresso Nacional é extremamente hostil à classe trabalhadora. Toda hora quer aprofundar a reforma trabalhista, tirar direitos, enfraquecer as organizações sindicais. Além disso, vive chantageando o presidente, travando o orçamento e impedindo os avanços”.

Sérgio reforçou que o plebiscito cumpre um papel essencial na construção de uma agenda popular: “É a chance de levar nossas pautas ao Congresso, à sociedade e às ruas. A taxação dos super-ricos tem grande apoio popular, por exemplo. O povo sabe que quem ganha muito paga pouco imposto, e quer justiça tributária. A proposta de isentar quem ganha até R$ 5 mil é um avanço, mas ainda temos muito a conquistar”.

O presidente da CNM/CUT (Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT), Loricardo de Oliveira, também esteve presente e enalteceu a iniciativa dos Metalúrgicos do ABC.