Metalúrgicos do ABC participam de ato contra a alta taxa de juros

Em frente ao Banco Central, na Av. Paulista, entidades sindicais e movimentos sociais pressionaram pela redução da Selic

Foto: Roberto Parizotti

Junto a representantes dos movimentos sindical e social, o Sindicato protestou contra a alta taxa de juros no país na terça-feira, dia 1º, data de início da reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central, que define a nova taxa de juros do país, na Avenida Paulista, em São Paulo. A reunião seguia ontem e, até o fechamento desta edição, a taxa básica de juros, a Selic, ainda não havia sido divulgada. 

O Copom se reúne a cada 45 dias e a taxa estava em 13,75%, a mais alta do mundo. O Banco Central tem autonomia em relação ao governo federal por uma decisão do ex-presidente Jair Bolsonaro aprovada pelo Congresso Nacional em 2021.

Foto: Roberto Parizotti

O secretário-geral dos Metalúrgicos do ABC, Claudionor Vieira, defendeu que o Brasil não pode ficar refém de uma pessoa, o presidente do BC, Roberto Campos Neto, indicado pelo governo anterior.

“Essa pessoa tem atuado desde o começo contra o desenvolvimento do país, sabotando as políticas de crescimento e geração de emprego e renda ao agir de forma ideológica, não técnica. O povo brasileiro não pode aceitar que o país tenha a mais alta taxa de juros do mundo, o que só interessa aos super-ricos. A classe trabalhadora não pode mais ser prejudicada por Campos Neto”, afirmou.

Unidade na luta

Foto: Roberto Parizotti

O secretário-geral da CUT-SP, Daniel Calazans, parabenizou a unidade de ação por mudanças na economia e no país e reforçou que é preciso criar um movimento ainda mais forte pela redução da taxa de juros.

“O presidente da República anterior deixou a economia na mão de banqueiros. Nas urnas, o projeto de desenvolvimento com justiça social venceu, a política tem que guiar a economia para ser indutora de desenvolvimento com inclusão, para tirar o povo da miséria, da fome e da precarização”, defendeu.

Mobilização

Os Metalúrgicos do ABC mantêm estado de mobilização e encampam a luta pela redução da taxa de juros. Também tem reforçado junto à categoria que o assunto pode parecer distante da vida das pessoas, mas afeta o dia a dia de todos os trabalhadores, desde o preço dos produtos, financiamentos e juros cobrados pelos bancos. Sem consumo, afeta a produção, os empregos e o desenvolvimento do país.