Metalúrgicos do ABC participam do Dia Nacional do Basta
Foto: Adonis Guerra
Os metalúrgicos do ABC iniciaram as mobilizações do Dia Nacional do Basta, 10 de agosto, em assembleia às 5h com os trabalhadores na Mercedes, em São Bernardo. Em todo o País, foram realizadas paralisações, atrasos de turnos e atos em defesa da democracia e dos direitos trabalhistas.
O presidente do Sindicato, Wagner Santana, o Wagnão, reforçou que o recado é de basta na retirada de direitos, nos ataques aos trabalhadores, na venda do patrimônio público e na perseguição a Lula.
“A luta é contra todos os ataques que a classe trabalhadora está sofrendo, na defesa de um mundo mais solidário em que os trabalhadores tenham empregos com carteira assinada, condições de trabalho, saúde e educação públicas de qualidade”, afirmou.
O Dia do Basta foi convocado pela CUT e demais centrais sindicais, com a participação das frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo e movimentos sociais.
O secretário-geral do Sindicato, Aroaldo Oliveira da Silva, falou sobre a importância da unidade dos trabalhadores para resistir ao desmonte que querem impor.
“Só a classe trabalhadora unida vai conseguir mudar os rumos do desenvolvimento e da economia brasileira. Todos os trabalhadores que estão realizando atos pelo Brasil estão de parabéns”, disse.
O presidente da Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT, a CNM-CUT, Paulo Cayres, o Paulão, alertou sobre os riscos de o Brasil voltar a ser apenas agroexportador e ficar sem indústria, com fim dos empregos.
“O nosso papel é alertar os trabalhadores sobre os perigos que estamos sofrendo e a necessidade de ampliar a luta, com esforço e garra, para reverter a situação e retomar o crescimento econômico do País”, disse. “E a forma de reverter isso é na luta e nas urnas. Não podemos continuar nas mãos de um governo ilegítimo e de um Congresso nocivos para a classe trabalhadora”, prosseguiu.
ATO CONJUNTO
Os metalúrgicos do ABC seguiram para o ato conjunto em frente à Fiesp, na Av. Paulista, em São Paulo. Foram realizadas apresentações do Maracatu Ouro do Congo e intervenções artísticas, com o enterro simbólico das maldades de Temer.
“A classe trabalhadora mandou o recado para os golpistas. Em todos os estados do País, os trabalhadores se mobilizaram contra os retrocessos do governo golpista. A sociedade está cansada de desemprego, de salário baixo, de bico e de retirada de direitos, conquistados com muita luta”, afirmou o presidente da CUT, Vagner Freitas.
Na pauta da mobilização estão o basta ao desemprego, à retirada de direitos, à reforma Trabalhista, à precarização do trabalho e ao desmonte da aposentadoria com a reforma da Previdência. É para dar um basta no aumento do preço dos combustíveis e do gás de cozinha, na PEC dos Gastos, que congelou os investimentos públicos por 20 anos, e um basta de perseguição a Lula.
“O dia nacional de mobilização foi muito importante para denunciar a gravidade da situação, com desemprego chegando às famílias, fruto do desmonte da legislação trabalhista, empregos precários, entrega de todo patrimônio nacional. Essa tragédia não podemos permitir”, defendeu o secretário-geral da CUT, Sérgio Nobre.
“Tem muitos candidatos na eleição que não gostam do Brasil, não gostam de pobre, negros, mulheres e governam para os patrões. A diferença entre nós é que queremos incluir todo mundo e eles querem fazer para poucos”, disse.
Da redação