Metalúrgicos do ABC participam, em Brasília, de lançamento do plano Nova Indústria Brasil
Programa do governo federal prevê a disponibilização de linhas de crédito, subsídios e investimentos públicos
O diretor executivo do Sindicato e presidente da IndustriALL-Brasil, Aroaldo Oliveira da Silva, participou ontem, em Brasília, no Palácio do Planalto, da cerimônia de lançamento do plano “Nova Indústria Brasil”, que visa estimular e desenvolver as indústrias brasileiras. O programa prevê, entre outros instrumentos, a disponibilização de linhas de crédito, subsídios e investimentos públicos.
O evento contou com a participação do presidente Lula, do vice-presidente e ministro da Indústria e do Comércio, Geraldo Alckmin, do presidente do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), Aloizio Mercadante, de representantes do setor industrial, entre outros.
Em seu discurso, como representante dos trabalhadores, Aroaldo lembrou que o país ficou oito anos sem política industrial, elogiou o plano, destacou pontos cruciais defendidos pela classe trabalhadora e cobrou ousadia.
“É preciso que essa nova política industrial não veja a indústria como um fim em si mesma, mas com o objetivo de atender as demandas do povo brasileiro”. “Precisamos estar entre os maiores países industriais do planeta, precisamos realizar uma transição energética e tecnológica pautada pela busca de justiça social e equidade e promover o trabalho decente, com uma transição justa que inclua trabalhadores e territórios afetados pelas mudanças”.
Entre as preocupações, citou os acordos bilaterais como o do Mercosul e União Europeia, que podem ser impeditivos para a reindustrialização brasileira.
O dirigente frisou ainda o grande potencial gerador de empregos do setor. “A nova política industrial precisa alavancar a redução das desigualdades, a redistribuição de renda, o crescimento sustentável, a gigante capacidade produtiva desse país, a redução das jornadas de trabalho, a geração de milhões de empregos”.
Por fim, Aroaldo ressaltou que o momento é de transição energética e tecnológica, mas também de emergência social.
“Precisamos dar melhores condições de vida para nossos mais de 200 milhões de habitantes e para toda a população mundial que vive sob imensa vulnerabilidade. E as próximas décadas nos dirão se somos capazes de transformar esse planeta. O Brasil tem tudo para ser um dos líderes dessa mudança. Conte com os trabalhadores e trabalhadoras e o nosso movimento sindical, presidente Lula, contem conosco, estaremos juntos nesse desafio!”
Metas
A proposta em discussão estabelece uma série de metas e objetivos para desenvolver a indústria até 2033. Em paralelo, também prevê um plano de curto prazo, até o término do mandato de Lula, em 2026.