Metalúrgicos do ABC sediam seminário sobre mobilidade para debater transição justa

O Sindicato sediou nos dias 1 e 2 deste mês o Seminário Setorial de Mobilidade para debater políticas públicas e industriais com foco em uma transição energética justa. A atividade aconteceu no Centro de Formação Celso Daniel, ao lado da Sede.

O seminário foi realizado pela IndustriALL-Brasil e Dieese, em conjunto com a CNM-CUT (Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT) e CNTM (Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos) com apoio da IndustriALL Global Union e da SASK (Centro de Solidariedade Sindical na Finlândia).

Também participaram representantes do governo federal, de universidades, da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) e do TID-Brasil (Instituto Trabalho, Indústria e Desenvolvimento).

O diretor executivo do Sindicato e presidente da IndustriALL-Brasil, Aroaldo Oliveira da Silva, destacou a importância de organizar uma pauta única.

“A ideia central é debater uma transição justa e o impacto que esse novo modelo terá na vida dos trabalhadores. E, a partir dessas discussões, organizar as reivindicações que serão debatidas com governos e empresários. Essa negociação deve levar em consideração o momento de transição energética e ambiental que vivemos. O encontro foi de extrema importância para juntar o que as duas confederações estão dialogando e construir uma pauta única”.

Segundo o dirigente, a disposição do atual governo federal em discutir o tema é fundamental para o avanço das políticas públicas, após o período de desmonte que a indústria brasileira enfrentou nos últimos anos.

Dirigentes respaldados

O tema mobilidade integra uma série de debates que tem dado respaldo para que os dirigentes sindicais, de diferentes segmentos da indústria, possam se apropriar dos assuntos para fazer as discussões e reivindicações necessárias. Além do seminário de mobilidade, já foi realizado um debate sobre confecção têxtil e os próximos serão sobre alimentação, na sequência, mineração e, por fim, energia.

“O que nos interessa é diminuir a desigualdade social, gerar emprego e renda de qualidade e melhorar a situação do povo brasileiro. Nosso objetivo central é organizar melhor a pauta em nome dos trabalhadores. O debate da mobilidade tem um reflexo para a indústria automobilística, mas também na reorganização das cidades. Por isso, precisamos discutir o saldo para a sociedade e como essa nova remodelagem vai melhorar a qualidade de vida das pessoas”, finalizou Aroaldo.

Também participaram como representantes dos Metalúrgicos do ABC, o vice-presidente do Sindicato, Carlos Caramelo, a diretora de Formação da CNM-CUT, Maria do Amparo Ramos, e o secretário-geral da CNM-CUT, Renato Almeida, o Renatinho.