Metalúrgicos e sindicatos patronais criam Fórum de Crise para enfrentar a pandemia

Na busca por alternativas de futuro para superar a crise causada pela pandemia do novo coronavírus, foi criado o Fórum de Crise pelas federações estaduais dos metalúrgicos da CUT, a FEM-CUT, e da Força Sindical, juntamente com os sindicatos patronais Sindipeças

Luiz Carlos da Silva Dias, o Luizão
Foto: Adonis Guerra

Na busca por alternativas de futuro para superar a crise causada pela pandemia do novo coronavírus, foi criado o Fórum de Crise pelas federações estaduais dos metalúrgicos da CUT, a FEM-CUT, e da Força Sindical, juntamente com os sindicatos patronais Sindipeças (indústria de autopeças), Sindimaq (indústria de máquinas e equipamentos) e Sinaees (indústria de aparelhos elétricos e eletrônicos).

O presidente da FEM-CUT, Luiz Carlos da Silva Dias, o Luizão, contou que o fórum está aberto a todos os sindicatos patronais, que já receberam documentos pedindo a suspensão imediata da produção em atividades não essenciais.

“Não sabemos quando essa crise vai terminar, não dá para adotar medidas agora e achar que está tudo certo. É necessário que haja o diálogo constante e com bom senso sobre como vamos preservar, em primeiro lugar, a saúde e a vida das pessoas e, em seguida, a permanência das empresas”, afirmou. 

“O ônus da crise não pode recair sobre o trabalhador. A ideia do fórum é equilibrar as negociações e articulações durante o período e discutir alternativas futuras, quais medidas serão tomadas após o período de férias coletivas e licença remunerada para manter os trabalhadores em quarentena”, prosseguiu.

O presidente da FEM-CUT explicou que a maioria das empresas do Grupo 3 já está com a produção paralisada no Estado. “Com o Grupo 2 há ainda a busca para que mais empresas parem as atividades o mais rápido possível. Até porque, neste momento, as pessoas não estão comprando celulares, geladeiras ou fogões”, disse.

“Porém, algumas empresas do G2 começaram a produzir respiradores pulmonares e componentes para sistemas de refrigeração e ar condicionado, inclusive para a construção de hospitais de campanha. Essas empresas são essenciais e devem continuar a produção, com todos os cuidados de prevenção e diminuição de riscos a esses trabalhadores”, concluiu.