Metalúrgicos iniciam mobilização para garantir direitos na Campanha Salarial
Foto: Daniela Gáspari – Schaffler Sorocaba
Após assumirem o compromisso de mobilização e luta para garantir assinatura da Convenção Coletiva de Trabalho, a CCT, nas mesas de negociação da Campanha Salarial 2017, os sindicatos que compõem a Federação Estadual dos Metalúrgicos da CUT, a FEMCUT, iniciaram movimentos nas fábricas pelo estado. Ontem ocorreram paralisações de uma hora em Sorocaba e Itu. Os Metalúrgicos do ABC realizam atos hoje.
“Desde o início da Campanha Salarial 2017, em junho, a Federação deixou claro que o maior objetivo desta Campanha é garantir a assinatura dos acordos para impedir os impactos da reforma Trabalhista e da Lei da Terceirização, estabelecendo barreiras com as cláusulas de salvaguarda”, destacou o presidente da FEM-CUT, Luiz Carlos da Silva Dias, o Luizão.
“Com o fim da ultratividade e o ataque aos direitos dos trabalhadores, nossa maior preocupação é assegurar que os companheiros tenham seus direitos preservados antes que a reforma Trabalhista comece a vigorar, em 11 de novembro”, reforçou.
Hoje a Federação realiza reunião na parte da tarde com os representantes do Sindicel e amanhã com o G10.
A situação é diferente em cada grupo patronal. Confira um resumo de como está a negociação com cada um deles:
G2 – Em 2016 foi assinada CCT com vigência de dois anos. Para este ano, está sendo debatida apenas a forma de aplicação do reajuste nos salários e nos pisos.
G3 – Sem assinar Convenção há 3 anos, o grupo patronal tem insistido em fazer alterações de importantes cláusulas sociais, especialmente a que garante estabilidade ao trabalhador que sofreu acidente de trabalho ou com doença ocupacional. O grupo está condicionando a assinatura da CCT à retirada dessas cláusulas.
Sindicel – A negociação está emperrada. O setor patronal apresentou uma longa contra pauta e a FEM-CUT vem lutando para que a CCT seja renovada em sua totalidade.
Sicetel e Siescomet – também estão com as negociações emperradas. Há, inclusive, uma contra pauta verbal que repete os mesmos temas do ano passado.
Simefre, Siamfesp e Sinafer – sinalizaram, ainda que de forma insegura, que poderão renovar a CCT integralmente, deixando as alterações polêmicas para serem discutidas com apoio da cláusula de salvaguarda.
G10 – A negociação não teve avanço, mas a FEM-CUT tem defendido que a CCT seja renovada na sua totalidade, deixando as alterações polê- micas para serem discutidas com apoio da cláusula de salvaguarda. O G10 apresentou contra pauta que ataca diversos direitos dos trabalhadores.
Fundição – Sinalizou na última mesa de negociação que renovará a Convenção Coletiva de Trabalho com todas as cláusulas sociais pré-existentes e cláusula de salvaguarda.
Estamparia – Sinalizou para assinatura da CCT, porém também condicionando a mudanças nas cláusulas do acidentado e do trabalhador com doença profissional.
5 eixos prioritários da Campanha Salarial 2017 “Resistência, Unidade e Luta”
• 40 horas semanais
• reposição da inflação e aumento real
• não à perda de direitos
• não à terceirização
• não às reformas
Da Redação