Metalúrgicos lançam oficialmente campanha salarial 2009

Pauta de reivindicações foi entregue nesta quinta-feira (23), durante ato em frente à Fiesp, na Avenida Paulista, que reuniu centenas de metalúrgicos de todo o Estado de São Paulo.


Representando os mais de 200 mil integrantes da categoria em São Paulo, centenas de metalúrgicos dos 13 sindicatos filiados a Federação Estadual dos Metalúrgicos (FEM) da CUT fizeram nesta quinta-feira (23) o lançamento oficial da campanha salarial deste ano.

O pontapé inicial foi marcado por um ato em frente ao prédio da Fiesp, na Avenida Paulista, em São Paulo, onde a pauta de reivindicações foi entregue para o Grupo 2 (máquinas e eletreletrônicos) e o Grupo 8 (trefilação, artefatos de ferro, materiais ferroviários etc).

Durante a manifestação, o presidente do Sindicato, Sérgio Nobre, lembrou que nesse momento de crise econômica, a campanha salarial dos metalúrgicos é muito importante. “O Brasil inteiro vai olhar para nós e mais uma vez seremos o parâmetro”, disse.

Em seguida, alertou: “Se no ano passado, quando estávamos em um momento de crescimento econômico, a campanha foi difícil, imagino como será nesse ano. Mas sabemos que o caminho do crescimento é dinheiro na mão da classe trabalhadora, para aumentar o consumo e fazer a economia girar”.

Desafios e equilíbrio
Outro grande desafio será encontrar o ponto de equilíbrio na categoria, pois as empresas que fornecem para o mercado interno estão em situação melhor que as fábricas que vendem para o exterior. Essa situação reflete diretamente na categoria.

Também reflete na campanha o fato dos metalúrgicos brasileiros injetarem R$ 30 bilhões de reais na economia anualmente e a importância disso, pois cada ponto percentual de reajuste representa mais alguns milhões em circulação.

Para o presidente da FEM, Valmir Marques, o Biro Biro, desde o inicio os trabalhadores devem demonstrar garra e determinação. “Todos sabem que a crise afetou o setor industrial brasileiro, mas sabem também que nós já pagamos a conta”, destacou.

Para o presidente da CUT SP, Adi dos Santos Lima, o primeiro ato é a demonstração de como vamos entrar na campanha. “Este é o recado que vamos dar para os patrões: não serão as dificuldades que vão nos colocar de joelho, não é a crise que fará com que os metalúrgicos abaixem a cabeça”.

Já o presidente da Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT (CNM/ CUT), Carlos Grana, comparou a campanha salarial para um Sindicato ao desfile para uma escola de samba. “Passamos o ano todo nos preparando e o final é o mais importante, a hora que saem as notas. É ai que devemos estar todos unidos em busca do melhor índice de reajuste”.

Após o ato diante da Fiesp, os presidentes dos 13 sindicatos filiados a FEM foram entregar as pautas para os patrões do Grupo 3 (autopeças, forjaria e parafusos) e das montadoras.

Da Redação