Metalúrgicos protestam na Mercedes contra tarifas do Itaú


Aroaldo fala durante o protesto. Foto: Reprodução / TVT

Cerca de mil trabalhadores na Mercedes-Benz, em São Bernardo, interromperam a produção por duas horas nesta terça-feira (9), e saíram em passeata até a agência do Itaú que atende a fábrica.

Diante dela realizaram um ato reivindicando rapidez nas negociações sobre a queda nas taxas de juros cobradas pelo banco na empresa.

“Esperamos que agora o Itaú e a Mercedes apresentem uma proposta que atenda ao pedido da companheirada”, afirmou o coordenador do CSE na montadora, Aroaldo Oliveira, diante da agência.

“Queremos taxas compatíveis com as praticadas pela Caixa Econômica Federal ou Banco do Brasil, por exemplo, que são nossas referências”, prosseguiu o dirigente.

A mobilização começou por volta das 9h30, com uma assembleia no prédio 46 que reuniu cerca de mil metalúrgicos dos setores de câmbio, revisão de caminhões e CKD.

Na conversa, Aroaldo explicou que as negociações para diminuição dos juros, iniciadas com o Itaú em 8 de maio, não avançavam de forma satisfatória para atingir o patamar das taxas dos bancos públicos.

Imediatamente após a fala, todos os trabalhadores do prédio interromperam a produção e saíram em passeata, percorrendo a fábrica até a agência do banco, localizada fora da planta.

Lá, já eram esperados pela direção do Sindicato dos Bancários do ABC, que prestou solidariedade aos metalúrgicos.

Os bancários também denunciaram os altos lucros do Itaú e a dificuldade de negociar demissões que ocorreram na instituição após sua fusão com o Unibanco.

Novos atos
Por volta das 11h, a manifestação foi encerrada com uma recomendação de Aroaldo aos trabalhadores na Mercedes. “Toda companheirada deve continuar mobilizada dentro da fábrica enquanto aguardamos a resposta do Itaú e da empresa porque, se for necessário, novos atos serão realizados”, concluiu o dirigente. 

Protestos iguais a esse podem ser realizados em outras fábricas na base.

Da Redação