Metalúrgicos terceirizados param no Espírito Santo

Cerca de 10 mil companheiros estão em greve por melhores salários e PLR.

10 mil terceiros param no Espírito Santo

A greve dos metalúrgicos terceirizados capixabas entra hoje no sexto dia. Os trabalhadores pararam em protesto contra o desrespeito dos patrões com a categoria.
O Sindicato dos Metalúrgicos do Espírito Santo (Sindimetal-ES) denunciou ontem que as negociações se arrastam desde o início de outubro e já foram interrompidas várias vezes.
Nos últimos dez dias aconteceram quatro reuniões de negociação, mas todas sem avanços.
A categoria exige aumento real, PLR e piso profissional por função. Esta última reivindicação é a mais importante, pois força o fim da precarização do trabalho. Os empresários só oferecem 7,26% de reposição salarial.
A mobilização já atingiu todas as empresas contratadas da Vale do Rio Doce e da ArcelorMittal Tubarão (CST). O Sindimetal-ES concentrou os piquetes nessas portarias, por concentrar mais de 10 mil metalúrgicos. O total da categoria é de 25 mil.
“Os patrões se escondem na crise para não atender nossas reivindicações, porém, as empresas triplicaram seus lucros nos últimos dois anos e têm de dividir com os trabalhadores”, afirmou o presidente do Sindimetal, Roberto Pereira de Souza.