Metalúrgicos vão a Sete Lagoas e mostram força da categoria

Sindicalistas de todo o
Brasil fizeram ato terça-feira
na Iveco, em Sete Lagoas,
Minas Gerais.

A fábrica do Grupo
Fiat é conhecida por pagar
os piores salários entre as
montadoras, pelas práticas
anti-sindicais, além de atitudes
abusivas como coação e
precarização do trabalho.

Caravanas ocuparam as
áreas de acesso da fábrica
para denunciar a exploração,
pois o direito à liberdade
sindical é brutalmente
ferido, com perseguições e
demissões.

“Os companheiros na
Iveco vivem uma situação
que passamos na década de
70, com repressão e censura.
Por isso, temos o dever
de abrir os olhos e lutar por
melhores condições de trabalho
e pela nossa pauta”,
disse o presidente do Sindicato,
Sérgio Nobre.

Ele lembra ainda que
é importante também o
avanço dos metalúrgicos
em outras regiões do País,
para que as empresas daqui
não respondam às nossas
reivindicações com ameaças
de mudanças de fábrica.

Péssimos anfitriões – Desacostumada com
manifestações de trabalhadores,
a montadora de caminhões
pediu reforço policial
e obrigou os ônibus que
transportam os trabalhadores
a entrar pelos fundos.

A iniciativa fracassou.
Os sindicalistas distribuíram
boletins e conversaram com
os colegas sobre as diferenças
desproporcionais.

“Enquanto um metalúrgico
das montadoras de São
Paulo ganha em média de
R$ 3,3 mil a R$ 3,6 mil para
uma jornada de 40 horas semanais,
lá os companheiros
ganham em média R$ 1,2 mil
e trabalham 44 horas.

“Por isso, viemos de
São Paulo com o objetivo
de fazer o pessoal da Iveco
se somar aos metalúrgicos
do Brasil na luta pelo Contrato
Coletivo Nacional de
Trabalho”, disse o secretário-
geral da Confederação
Nacional dos Metalúrgicos
da CUT (CNM-CUT), Valter
Sanches.