Michelle Bachelet vence conservadora e volta à presidência do Chile

 

Michelle Bachelet vence conservadora e volta à presidência do Chile
Michelle Bachelet confirmou o favoritismo e será reconduzida ao Palácio La Moneda pela segunda vez. A ex-presidenta (2005-2009), liderando a coligação Nova Maioria, conquistou um novo mandato à frente da presidência da República ao derrotar em segundo turno a candidata governista, a conservadora Evelyn Matthei, ministra do Trabalho do governo do presidente Sebástian Piñera. A vantagem foi ampla: 62,2% a 37,8% dos votos válidos, resultado divulgado pela Serviço Eleitoral chileno com mais de 99,9% dos votos apurados. Bachelet, que foi a primeira mulher eleita presidenta no país, é também a primeira a ser reconduzida.
A imprensa conservadora tem dado mais peso à elevada abstenção, estimada em mais de 50%, do que ao resultado. O favoritismo de Bachelet vinha se configurando desde o início do governo Piñera. O presidente só contou com uma boa taxa de aprovação quando houve o incidente com os mineiros, no norte do país, em seu primeiro ano de governo. Na política – marcada pela tentativa de resgate dos princípios liberais, com redução do papel do Estado na economia e na vida social – o mandatário enfrentou um processo crescente de rejeição.
Como a opção por Bachelet vinha se confirmando há muito tempo, a abstenção não chega a comprometer a qualidade de sua vitória. Parte dos movimentos sociais e estudantis que travaram uma intensa queda de braços com o governo conservador viu na ex-presidenta uma possibilidade maior de diálogo e de emplacar suas reivindicações. A bandeira do sistema de ensino público em todos os níveis, desmontado desde a era ditatorial de Augusto Pinochet, foi incorporada pela Nova Maioria pelo menos como objetivo a perseguir.
“A vitória nesta jornada não é pessoal, é o triunfo de um sonho coletivo. É a voz de vocês que ouvimos em todo o Chile durante todos esses meses a que triunfa. É a voz dos cidadãos que nos últimos anos têm marchado nas ruas, expressando com coragem seus desejos e têm fixado um horizonte e um caminho para nosso país”, afirmou em seu primeiro discurso após o resultado, diante de uma multidão de pessoas que foram até as proximidades do hotel onde o birô da campanha instalara um palco do lado de fora.
Bachelet enfatizou que o resultado ratifica o desejo da população de dar início a “profundas reformas” – em referência a sua proposta de realizar uma Constituinte – e reiterou o compromisso em fazer com que a educação seja “direito de todos, e não mercadoria”. A eleita encerrou sua fala dedicando a vitória a seus, filhos e a sua mãe, a quem atribuiu papel de “guia” na sensibilidade social. E agradecendo seu pai, general Alberto Bachelet, morto na prisão depois do golpe de Estado de 1973. “Ao meu pai, que não deixou de estar comigo um único dia de minha vida, porque sua integridade, seu exemplo, sua valentia e sua crença na pátriame fizeram a cada dia ser quem sou. Sua presença próximo a mim me enche de orgulho e amor.”
Via Rede Brasil Atual

Michelle Bachelet durante votação

Michelle Bachelet confirmou o favoritismo e será reconduzida ao Palácio La Moneda pela segunda vez. A ex-presidenta (2005-2009), liderando a coligação Nova Maioria, conquistou um novo mandato à frente da presidência da República ao derrotar em segundo turno a candidata governista, a conservadora Evelyn Matthei, ministra do Trabalho do governo do presidente Sebástian Piñera. A vantagem foi ampla: 62,2% a 37,8% dos votos válidos, resultado divulgado pela Serviço Eleitoral chileno com mais de 99,9% dos votos apurados. Bachelet, que foi a primeira mulher eleita presidenta no país, é também a primeira a ser reconduzida.

A imprensa conservadora tem dado mais peso à elevada abstenção, estimada em mais de 50%, do que ao resultado. O favoritismo de Bachelet vinha se configurando desde o início do governo Piñera. O presidente só contou com uma boa taxa de aprovação quando houve o incidente com os mineiros, no norte do país, em seu primeiro ano de governo. Na política – marcada pela tentativa de resgate dos princípios liberais, com redução do papel do Estado na economia e na vida social – o mandatário enfrentou um processo crescente de rejeição.

Como a opção por Bachelet vinha se confirmando há muito tempo, a abstenção não chega a comprometer a qualidade de sua vitória. Parte dos movimentos sociais e estudantis que travaram uma intensa queda de braços com o governo conservador viu na ex-presidenta uma possibilidade maior de diálogo e de emplacar suas reivindicações. A bandeira do sistema de ensino público em todos os níveis, desmontado desde a era ditatorial de Augusto Pinochet, foi incorporada pela Nova Maioria pelo menos como objetivo a perseguir.

“A vitória nesta jornada não é pessoal, é o triunfo de um sonho coletivo. É a voz de vocês que ouvimos em todo o Chile durante todos esses meses a que triunfa. É a voz dos cidadãos que nos últimos anos têm marchado nas ruas, expressando com coragem seus desejos e têm fixado um horizonte e um caminho para nosso país”, afirmou em seu primeiro discurso após o resultado, diante de uma multidão de pessoas que foram até as proximidades do hotel onde o birô da campanha instalara um palco do lado de fora.

Bachelet enfatizou que o resultado ratifica o desejo da população de dar início a “profundas reformas” – em referência a sua proposta de realizar uma Constituinte – e reiterou o compromisso em fazer com que a educação seja “direito de todos, e não mercadoria”. A eleita encerrou sua fala dedicando a vitória a seus, filhos e a sua mãe, a quem atribuiu papel de “guia” na sensibilidade social. E agradecendo seu pai, general Alberto Bachelet, morto na prisão depois do golpe de Estado de 1973. “Ao meu pai, que não deixou de estar comigo um único dia de minha vida, porque sua integridade, seu exemplo, sua valentia e sua crença na pátriame fizeram a cada dia ser quem sou. Sua presença próximo a mim me enche de orgulho e amor.”

Via Rede Brasil Atual