Mídia atirou contra Dilma para ajudar Aécio notícias negativas

A imprensa brasileira fez da presi­denta Dilma Rousseff o “alvo” de um verdadeiro bombardeio contrário à sua reeleição, como mostram os gráficos nesta página (veja abaixo).

A conclusão é do Instituto de Es­tudos Sociais e Políticos (Iesp) da Uni­versidade do Estado do Rio de Janeiro, após acompanhar a cobertura das eleições dos três mais influentes jornais brasileiros – O Globo (RJ), O Estado de S.Paulo (SP) e Folha de S.Paulo (SP).

Os gráficos expressam a quantidade de textos e matérias negativas nos três jor­nais, todos situados no Sudeste do País.

Segundo o levantamento, o “bom­bardeio” ficou mais intenso na última semana que antecedeu o dia 5 de ou­tubro. “A Folha dedicou 12 matérias negativas à Dilma nas capas, enquanto Aécio não recebeu nenhuma”, destacou o cientista político João Feres Júnior, do Iesp.

Depois de constatar que o mesmo “bombardeio” aconteceu nos outros jornais, Feres afirmou que “os três exi­bem um viés escancarado e agressivo contra Dilma”.

O recorde da série toda ocorreu na segunda semana de setembro, quan­do Dilma teve 24 notícias negativas nas páginas dos três jornais, que não publicaram qualquer notícia negativa de Aécio.

Depois disso, os níveis de notícias desfavoráveis a Dilma caiu, apesar de continuarem em um patamar bem alto, variando entre 18 a 19 negativas semanais, contra apenas uma ou duas de Aécio.

A cobertura negativa dada à candidata beneficiou outro contendor, Aécio Ne­ves, que a essa altura estava em terceiro lugar nas pesquisas.

Ou seja, a mídia ajudou a reavivar a candidatura do PSDB, influindo decisivamente para que fosse para o segundo turno das eleições.

Da Redação