Mídia tradicional não forma mais opinião dos brasileiros
Pesquisa nacional quis saber o que a população do País lê, ouve e vê e como analisa os fatos e forma opinião
Quase 60% das pessoas acham que as notícias veiculadas pela imprensa brasileira são tendenciosas, enquanto 80% acreditam muito pouco ou não acreditam no que a imprensa veicula.
Estes são os resultados de pesquisa nacional encomendada pela Secretaria de Comunicação da Presidência da República realizada para descobrir o que o brasileiro lê, ouve e vê e como ele analisa os fatos e forma sua opinião.
Alternativa Online
A tevê é assistida por 96% da população e o rádio por 80%. Cerca de 46% costumam ler jornais e menos de 35% leem revistas. Apenas 11,5% são leitores diários dos jornais tradicionais.
Pela pesquisa, 46% têm acesso à internet. Eles gastam, em média, mais tempo navegando do que em frente à tevê ou rádio.
“A internet tem devorado a tevê e o rádio com grande apetite pois ela se tornou a mídia das mídias, capaz de integrar os mais diversos meios e de oferecer alternativas flexíveis e novas opções de entretenimento, comunicação pessoal e comunicação de massa”, de acordo com artigo de Antonio Lassance para a Carta Maior.
Maior influência é dos amigos e da família
De acordo com a pesquisa, a formação de opinião entre os brasileiros se dá na conversa com amigos (71%), família (57%), colegas de trabalho (27%) e colegas de escola (7%).
A conclusão é que as redes sociais influem mais do que os meios de comunicação na formação da opinião. Mesmo que a mídia fique bombardeando uma informação, ela depende do filtro exercido pela rede de relações sociais.
Isso mostra que a mídia pode estar exagerando em matérias cada vez mais difíceis de a sociedade engolir ou que as pessoas estão menos dispostas a pagar por informações que podem conseguir de graça nos canais diretos, mais confiáveis, simpáticos e interativos.
De acordo com o articulista, quem quiser sobreviver “vai ter de demitir os pit bulls e contratar mais explicadores, humoristas e chargistas”.