Miguel Jorge diz não acreditar em previsões de retração da economia
O ministro do Desenvolvimento citou ainda o aumento da venda de veículos depois da redução do IPI para automóveis, medida que foi prorrogada pelo governo
O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge, afirmou nesta segunda-feira (4) que não acredita em previsões de que haverá retração econômica no Brasil este ano. Segundo ele, essa avaliação se baseia em sinais positivos observados após a adoção de medidas como a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para eletrodomésticos da linha branca.
“O comércio desses produtos aumentou muito. Em algumas regiões, há indicação de que tenha havido aumento de 30% a partir da redução do IPI”, disse após participar da abertura do seminário Conjuntura Externa e Desafios da Internacionalização, no Centro Brasileiro Britânico, na capital paulista.
Ele citou ainda o aumento da venda de veículos depois da redução do IPI para automóveis, medida que foi prorrogada pelo governo. “As vendas diárias foram praticamente as mesmas de abril do ano passado, portanto percebe-se uma melhoria.” Miguel Jorge ressaltou que o nível de confiança do consumidor tem se mostrado cada vez melhor e que a indústria também está confiante na economia nacional.
Sobre a relação comercial entre o Brasil e a China, o ministro comentou que aquele país passou a ser o principal parceiro do Brasil no comércio, ultrapassando a Argentina. “Isso ocorreu em março, mas é uma tendência que deve se manter. No quadrimestre vai se confirmar.”
Como o governo não acredita que haja uma recuperação da economia americana que supere a chinesa, Miguel Jorge acredita que a China será o principal parceiro do Brasil este ano. “O impacto é positivo e as avaliações são de que essa recuperação que é ainda ligeira terá impacto melhor do que imaginávamos antes na balança [comercial].”
Ainda hoje o ministro se reúne com o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, na sede da instituição, em São Paulo. A reunião será fechada à imprensa.
Da Agência Brasil