Miguel Jorge: há sinais importantes de reação à crise
Ministro diz que crise não é momento para se discutir flexibilização das leis trabalhistas
O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Miguel Jorge, afirmou nesta quarta-feira (18) que o governo já recebeu sinais importantes de reação em vários setores econômicos, apesar da crise financeira. Ele citou, por exemplo, os de linha branca, automóveis, varejo e têxtil. Segundo ele, este último já está começando a ter novas contratações. “Portanto, continuamos otimistas de que poderemos passar melhor pela crise do que vários outros países que estão em situação bastante grave”, afirmou Jorge, após encontro com o presidente da Câmara, deputado Michel Temer.
Miguel Jorge disse que o ministério também não percebeu nenhum movimento exagerado de exportações de outros países para o Brasil. “Apesar de nós ouvirmos de alguns setores que há estoques mundiais muito grandes, e que podem ser uma ameaça, por enquanto essa ameaça não se concretizou e nós agiremos em todos os casos que isso ocorrer”, disse o ministro. Segundo ele, o MDIC tem feito um monitoramento de eventuais medidas protecionistas.
Ao ser questionado sobre se seria necessário flexibilizar as leis trabalhistas para garantir emprego, o ministro disse que pessoalmente acredita que este não é o momento. “As leis que nós temos hoje já permitem uma negociação entre sindicatos e empresa, com segurança jurídica para a redução de jornada e de salário. Não acho que seja razoável discutir isso num clima que é de muito pessimismo, porque normalmente a flexibilização sempre leva em conta mais o lado da empresa do que do empregado”, disse.
“Não me parece também que seja muito razoável se discutir isso [flexibilização] em um clima muito pessimista. Não é o momento, porque, normalmente, quando se trata disso, está se levando em conta muito mais o lado da empresa do que o do empregado”, acrescentou Miguel Jorge.
O ministro de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge, avaliou nesta quarta-feira (18) que não é o momento de se discutir flexibilizações das leis trabalhistas por conta dos efeitos da crise econômica mundial.
Da Redação com informações da Agência Brasil e da Agência Estado