Milhares de mulheres protestam contra o governo Bolsonaro, violência de gênero e por Lula Livre
Metalúrgicas se uniram a trabalhadoras de diversos movimentos sociais para marcar este 8 de março como mais um dia luta por direito e justiça
Foto: Adonis Guerra
A Comissão das Metalúrgicas do ABC e as trabalhadoras da CUT se uniram a milhares de mulheres na tarde do último dia 8, na Avenida Paulista, em São Paulo, para um grande ato que marcou o Dia Internacional da Mulher. Após a concentração no Masp, a marcha seguiu pela rua Augusta.
Como o lema “Mulheres contra Bolsonaro, vivas por Marielle, em defesa da Previdência, da democracia e dos direitos” a manifestação deste ano deixou clara a posição das mulheres de diversos movimentos sociais, feministas, centrais sindicais e partidos políticos. O ex-presidente Lula, preso político desde 7 abril do ano passado, que implementou importantes políticas para as mulheres, também foi lembrado pelas companheiras que pediram Lula Livre. As metalúrgicas também prestaram solidariedade às trabalhadoras(es) na Ford.
Como dizia o canto entoado pelas trabalhadoras cutistas, a luta é diária: “Ô abre alas queremos passar/ Mulher da CUT luta todo dia/ Por Lula Livre e democracia/ Ô abre alas queremos passar/ Mulher da CUT luta todo dia/ Pra defender a aposentadoria/ Ô abre alas queremos passar/ A violência tem que acabar”.
A coordenadora da Comissão das Metalúrgicas do ABC, Andrea Ferreira de Sousa, a Nega, destacou a importância da presença das companheiras que estão no dia a dia no chão de fábrica e acompanharam a marcha. Entre elas a Andréa Chagas Santos, trabalhadora na Legas Metal, em Diadema, que afirmou: “Apesar de termos conquistado nosso espaço, ainda precisamos lutar por mais direitos. Somos tratadas de forma desigual no mercado de trabalho porque acumulamos a dupla jornada e enfrentamos ameaças dos nossos direitos por esse Congresso Nacional. Não podemos ficar caladas diante desse governo que é contra a classe trabalhadora”.
“Não podemos esquecer que o 8 de março, não é um dia para exaltar a beleza das mulheres, dar parabéns, mandar flores, é um dia de luta, de lembrar daquelas que se foram, daquelas que tiveram a vida tirada por terminar um relacionamento. É um dia de luta, de protesto, não de comemoração. Como estava escrito em uma das faixas na marcha, Luto pra mim é um verbo”, reforçou a CSE na Volks, Rosimeire Conceição Pinto.
Marcha em Santo André
Na manhã de sábado as mulheres participaram da caminhada regional que teve concentração na Rua Elisa Flaquer, no Centro de Santo André e terminou com ato em frente à sede do Consórcio Intermunicipal Grande ABC. O Consórcio cortou neste ano um terço do orçamento para o programa Casa Abrigo, que acolhe mulheres vítimas de violência doméstica.
Ato na Alesp
A Comissão das Metalúrgicas do ABC participa hoje, às 10h, de um ato na Assembleia Legislativa de São Paulo em defesa das delegacias da Mulher 24 horas e em repúdio a atitude do governador João Doria que vetou um projeto de lei que obrigava todas as delegacias da mulher a funcionar 24 horas.
Da Redação.