Militares do sul da Europa apresentam manifesto contra a austeridade
Associações de militares de Portugal, Itália, Grécia e Chipre, membros do Fórum Mediterrâneo de Associações Militares (FMMA), apresentaram dia 12 de dezembro, um manifesto contra “esta escalada de cortes em toda a Europa que está a minar a dignidade das famílias e as condições de vida”.
Neste manifesto, os membros do FMMA, organização criada há cinco anos no seio da associação de militares europeus Euromil, criticam a “grande regressão de direitos fundamentais” e sublinham que “as decisões tomadas pelos governos dos nossos países têm um grande impacto na vida social e familiar dos militares” e estão a afetar os seus “valores profissionais”.
Os militares referem ser duplamente discriminados, estando sujeitos, por um lado, a cortes salariais, e dos seus direitos fundamentais, superiores aos dos restantes cidadãos, a que acresce a discriminação de que já padeciam em matéria de direito de associação e reivindicação.
“Como cidadãos de uniforme”, solidarizam-se com os seus compatriotas que também estão a ser alvo de “severos” cortes, sublinhando que se posicionam, não em frente, mas a seu lado.
As associações signatárias deste documento anunciam ainda que irão prosseguir com “quantas acções legais” sejam “necessárias para não continuar com este crescente sofrimento”.
O manifesto do FMMA, que foi posteriormente entregue na residência oficial do primeiro-ministro espanhol, Mariano Rajoy, foi apresentado na sede da Associação Unificada de Militares Espanhóis (AUME), em Madrid. Na iniciativa estiveram presentes, entre outros, os representantes da Associação Nacional de Sargentos, Lima Coelho, e da Associação de Praças, Luís Reis, de Portugal, e representantes da Assodipro e da Associação de Carabineros ´Pastrengo´, de Itália.
O documento será também enviado aos presidentes da República de Portugal e de Chipre, ao primeiro-ministro grego e ao presidente do conselho de ministros italiano.
Do Esquerda. Net