Ministério da Justiça pedirá quebra de sigilos do caso Alstom no exterior

Empresa está envolvida em escândalo de favorecimento de concorrências do governo paulista durante a gestão do tucano Geraldo Alckmin, pré-candidato ao governo do estado em 2010

O Ministério da Justiça vai encaminhar nos próximos dias à Suíça e à França pedidos de quebra do sigilo bancário de pessoas e empresas suspeitas de ter recebido propina da Alstom.

A multinacional francesa produz trens do metrô de São Paulo e é líder em fabricação de equipamentos para usinas elétricas. A empresa está envolvida em escândalo de favorecimento para vencer concorrências do governo de São Paulo durante as gestões de Geraldo Alckmin, que é pré-candidato tucano ao governo do Estado em 2010, e Mário Covas, ambos do PSDB.

Com o pedido de novos documentos suíços, os investigadores brasileiros decidiram estender o período até o ano passado, já na gestão do ex-governador e agora candidato à Presidência José Serra.

Conforme divulgado pela imprensa em junho e agosto do ano passado, a Suíça bloqueou contas atribuídas a Robson Marinho, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, Jorge Fagali Neto, irmão do presidente do Metrô. Ambos negam ter contas bancárias fora do país. Também está na lista o executivo francês Jean-Pierre Courtadon, que ajudou a Alstom a ativar um contrato de R$ 98 milhões com a Eletropaulo em 1998.

Da redação, com Folha e CBN