Ministra atribui recuo de 20% da mortalidade infantil ao Bolsa Família
O Bolsa Família ajudou a reduzir a mortalidade infantil no país em 20% nos últimos dez anos, afirmou a ministra do Desenvolvimento Social e do Combate à Fome, Tereza Campello, nesta quarta-feira. Segundo a ministra, o programa social foi responsável pela diminuição de “15% a 20% da desigualdade de renda nesse período”. Tereza afirmou ainda que para cada R$ 1 investido pelo governo federal no Bolsa Família há um retorno de R$ 1,44 à economia brasileira.
“Isso mostra o efeito multiplicador do Bolsa Família. Os benefícios não são só para os que recebem [os recursos]”, afirmou a ministra, que participou do seminário “Um mundo sem fome”, promovido pela revista “Carta Capital”, na capital paulista.
De acordo com Tereza, nos últimos dez anos o país reduziu a mortalidade infantil em 40% . E “20% da redução da mortalidade infantil se deve ao Bolsa Família”, disse. “O que se esperava [fazer] em 25 anos fizemos em 10 anos”, afirmou.
A ministra disse que a renda no Brasil tem crescido “de forma diferenciada”, para diminiur a desigualdade social. De acordo com Tereza, a renda cresceu “cinco vezes mais para os mais pobres” no Brasil. A renda das mulheres, de pretos e pardos, dos moradores da periferia e de quem tem menos de um ano de estudo cresceu acima da média brasileira.
Ao falar sobre os dez anos do Bolsa Família, Tereza afirmou que o programa tirou 22 milhões de pessoas da extrema pobreza e que, atualmente, 36 milhões de pessoas beneficiadas pelo programa poderão voltar à miséria se deixarem de receber os recursos.
Segundo a ministra, o Bolsa Família atendia no início do governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (2002-2010) quatro milhões de famílias. No fim do mandato de Lula eram quase 13 milhões de família e agora, na gestão de Dilma Rousseff, cerca de 14 milhões de famílias recebem recursos do programa. “Demos um salto na injeção de recursos”, disse.
Do Valor Econômico