Ministra da Mulher quer mais oportunidades para o coletivo de gênero

A ministra-chefe da Secretaria de Políticas para as Mulheres, Eleonora Menicucci de Oliveira,tomou posse na manhã da sexta-feira (10), no Palácio do Planalto. A nova ministra substitui Iriny Lopes, que sai do cargo para concorrer à prefeitura de Vitória, no Espírito Santo.

A presidenta Dilma Rousseff agradeceu a atuação da ex-ministra Iriny Lopes e afirmou que sua escolha por Eleonora Menicucci se deu pelo histórico da nova titular da pasta. “Ela construiu e reconstruiu sua vida com uma trajetória de vitórias”, afirmou.

Durante a posse, Eleonora Menicucci afirmou que dará prosseguimento à política de valorização da mulher, oferecendo equipamentos públicos para que elas tenham acesso a informação, capacitação e emprego.

Lei Maria da Penha – Assim como a presidenta, a nova ministra comemorou a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que afirma que a Lei Maria da Penha passa a ser válida mesmo que a mulher não faça a denúncia, que seja feita por terceiros e que não permite que a queixa seja retirada após o registro.

“A Lei Maria da Penha é um avanço significativo. São inegáveis as melhorias trazidas pela lei, que é um passo importante na proteção à mulher. A decisão do STF é um marco importante para nossa história”, afirmou a nova ministra, que prevê a criação de mais juizados especializados e programas de prevenção e combate à violência.

Perfil 
Eleonora Menicucci é pesquisadora feminista, voltada às questões das condições de vida das mulheres. Mineira da cidade de Lavras, nascida em 21 de agosto de 1944, é divorciada e tem dois filhos e três netos. É pró-reitora de extensão da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), doutora em ciência política pela Universidade de São Paulo e pós-doutora pela Universidade de Milão. Na Unifesp, lidera o Núcleo de Estudos e Pesquisa em Saúde da Mulher e Relações de Gênero.

Eleonora Menicucci foi companheira de prisão da presidenta Dilma Rousseff, quando foram presas pela ditadura militar. Na juventude, interessou-se pelo ideário socialista e iniciou sua participação em organizações de esquerda após o golpe militar de 1964. Passou quase três anos na cadeia em São Paulo, de 1971 a 1973. Ao sair da prisão, reorganizou sua via em João Pessoa, na Paraíba, onde iniciou sua carreira docente na Universidade Federal da Paraíba.

Em seu discurso, a ministra Eleonora recordou com um minuto de silêncio as pessoas que perderam a vida combatendo o Regime Militar. “Quero render aqui a minha homenagem às mulheres e aos jovens que tombaram na luta contra a ditadura”, emocionou-se.

Com Agência Câmara e CNM/CUT