Ministro da Fazenda diz que taxa de juros deverá cair mais
Segundo Guido Mantega, os principais ministros do governo avaliaram ainda que a economia mundial já apresenta alguns sinais de melhora
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse que os juros ainda não caíram o suficiente no Brasil e que é preciso que a taxa Selic seja mais reduzida (atualmente em 10,25% ao ano). Segundo ele, a avaliação do governo é de que há uma pequena melhora na economia mundial.
“Nós lentamente estamos recuperando o crédito, mas não é ainda o desejável. A taxa de juros está caindo, mas ainda não caiu o desejável, e deverá cair mais para que o crédito seja alcançável para aqueles que precisam disso”.
Segundo Mantega, os principais ministros do governo avaliaram ainda que a economia mundial já apresenta alguns sinais de melhora. “Nós notamos uma ligeira melhora da economia mundial e sentimos uma melhoria do sistema financeiro. Isso não significa que os problemas tenham sido superados, apenas que aumentou um pouquinho o crédito na economia internacional e que está havendo um equacionamento dos bancos americanos e europeus”, salientou.
Mantega disse que a economia brasileira está se recuperando. “Aqui no Brasil, depois de termos um período de queda na atividade, a economia despencou praticamente no último trimestre do ano passado, nós tivemos ainda um janeiro e fevereiro fracos, mas a partir de março e abril há reativação de alguns setores da economia brasileira”, avaliou.
O ministro disse ainda que o governo não estuda mais nenhuma redução de IPI. “O governo está satisfeito com os programas que já fizemos. Não podemos retirar o IPI de tudo. Até porque, tem muitos setores que já não tem IPI, setor de alimentos e bens de capital, por exemplo, nós já reduzimos muito IPI nos últimos anos. Reduzimos o IPI agora para aqueles setores que eram muito sensíveis à redução de preço e iriam aumentar as vendas e acho que fomos muito bem sucedidos”, avaliou o ministro.
Mantega disse que o governo ainda não definiu que mudanças fará nas regras da poupança e que não há prazo para isso. “Não há definição. Mas posso garantir aos poupadores que fiquem absolutamente tranquilos, porque o governo cuida da poupança dos pequenos poupadores, porque não vai haver nenhuma mudança que implique qualquer perda”, afirmou.
Da Agência Brasil