Ministro da Saúde e Sociedade Brasileira de Urologia discutem política para população masculina
As ações, que serão implantadas ainda neste semestre, estão dentro das 22 metas da gestão do Temporão, anunciadas em seu discurso de posse
O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, recebeu, nesta quarta-feira (04), em Brasília, o presidente da Sociedade Brasileira de Urologia, José Carlos Almeida. Durante a reunião, o ministro anunciou que a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem deverá ser lançada ainda neste semestre e também sugeriu a criação de uma câmara técnica de diálogo permanente com a sociedade. A política está dentro das 22 metas da gestão do Temporão, anunciadas em seu discurso de posse.
Para a implementação da política, o Ministério da Saúde liberou aos Estados R$ 2,7 milhões para a criação das áreas técnicas de saúde do homem nas secretarias estaduais e capitais. São 53 secretarias já apoiadas. A política foi elaborada com a contribuição de mais de cem grupos organizados. A proposta esteve em consulta pública no ano passado e, agora, está em apreciação no Conselho Nacional de Saúde.
“A política envolve uma série de ações para a população masculina. O Ministério da Saúde quer, por meio desta medida, focalizar os problemas de saúde mais predominantes e as populações mais vulneráveis desse sexo”, afirma o ministro.
Para a política, estão previstas ações ainda neste ano, relacionada a atenção e promoção à saúde do homem. São elas:
1) Inserir a saúde do homem nos conteúdos de capacitação da especialização dos 32 mil médicos das Equipes de Saúde da Família (80% do total) e da educação à distância, por meio do TELESSAUDE, para diagnóstico de patologias e câncer do trato genital masculino;
2) Apoiar a implantação da política de atenção à saúde do homem nas secretarias estaduais e nas capitais a partir da pactuação na Comissão Intergestores Tripartite;
3) Lançar a Semana de Promoção da Saúde do Homem, em agosto deste ano, no Dia dos Pais;
4) Distribuir 26,1 milhões de cartilhas sobre prevenção, diagnóstico, tratamento de câncer e promoção da saúde;
5) Ampliar em 20% ao ano o número de consultas para diagnóstico de patologias do trato genital masculino e de cânceres de próstata, vesícula, uretra, bolsa escrotal, testículos e pênis;
6) Ampliar em 10% ao ano o número de cirurgias para as patologias e cânceres do trato genital masculino.
CIRURGIAS UROLÓGICAS: Durante o encontro, o secretário de Atenção à Saúde, Alberto Beltrame, lembrou que, no final de dezembro, o ministro anunciou reajustes de 10% a 30% em diversos procedimentos urológicos. A média de reajuste para serviços profissionais foi de 14%. Já para os procedimentos cirúrgicos os reajustes ficaram em 24% em média.
Além disso, o secretário afirmou que boa parte da demanda reprimida ou a fila de espera por cirurgias pode ser resolvida por meio dos projetos de cirurgias eletivas. Atualmente existem 193 projetos nos estados e municípios para diversas áreas, alguns incluem cirurgias urológicas. “A curto prazo, serão realizadas 3,5 mil cirurgias. A SBU poderia ajudar os gestores a identificar essa demanda e construir os projetos”, destacou Beltrame.
Da Agência Saúde